O governo estadual busca apoio da União para desenvolver ações de defesa civil em relação à estiagem em Goiás, considerada severa, que levou à publicação de decreto de emergência em 25 cidades goianas, as quais sofrem os efeitos da seca na produção rural. Em audiência realizada na manhã desta terça-feira (6/2), em Brasília, o governador Ronaldo Caiado (UB) levou a situação ao conhecimento do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e solicitou compartilhamento de informações sobre o clima.
De acordo com dados do governo estadual, a queda na produção agrícola em Goiás pode chegar a até 23%. Prejuízos também devem afetar a pecuária, com consequências a toda cadeia do agronegócio. “A gente precisa somar forças na área de tecnologia para acompanhar as previsões detalhadas de chuva, para permitir ao agricultor se programar e não ter perdas maiores”, afirmou Caiado.
O ministro colocou a equipe técnica do órgão à disposição do Governo de Goiás para atuação conjunta a longo prazo. “Temos que tratar do assunto como política pública, pois devemos chegar nos próximos anos mais preparados para esse tipo de incidentes. Temos que olhar antecipadamente a estiagem e como ela veio se espalhando do Nordeste para o Brasil todo”, disse Góes.
O chefe do Executivo esteve no ministério acompanhado do titular da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Pedro Leonardo, e de representantes da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
O Governo de Goiás decretou, na segunda-feira (5), situação de emergência em razão da falta de chuvas em 25 cidades goianas, que afetou consideravelmente a produção agrícola.
O documento cita principalmente cidades das regiões Oeste e Norte do Estado. São elas: Acreúna, Amorinópolis, Araguapaz, Arenópolis, Baliza, Bom Jardim de Goiás, Britânia, Caiapônia, Diorama, Guarani de Goiás, lporá, Israelândia, lvolândia, Jaupaci, Moiporá, Montes Claros de Goiás, Mozarlândia, Nova Crixás, Palestina de Goiás, Paraúna, Piranhas, Porangatu, Quirinópolis, Santa Helena de Goiás e Turvelândia.
De acordo com o Governo Estadual, o decreto leva em consideração a falta de chuvas.