A Polícia Civil investiga a morte de cerca de 9 milhões abelhas nos municípios de Bela Vista e Silvânia, ambos na região central de Goiás. A suspeita é que houve envenenamento das criações após pulverizações de lavouras próximas com o uso de agrotóxicos.
A operação conjunta da Delegacia Estadual de Meio Ambiente e a Agrodefesa, iniciada na terça-feira (16), remeteu três procedimentos de apuração da mortandade de abelhas ao Poder Judiciário.
O delegado Luziano Carvalho disse ao Mais Goiás que não se trata um caso único. Ele recebe denúncias de acontecimentos parecidos em Abadiânia, com três denúncias. Em Hidrolândia, na região metropolitana, em Orizona, em Jandaia e em São Luís de Montes Belos. Alguns ainda devem ser apurados.
Luziano Carvalho afirma que um dos venenos mais mortíferos para as abelhas é o fipronil. Há inclusive lei aprovada na Assembleia Legislativa que impede o uso da substância próximo a propriedades que tenham criação de abelhas.
“Estamos apurando todas as denúncias. O que enfatizamos é que é preciso haver uma comunicação respeitosa entre o agricultor e o apicultor, sobretudo na hora da aplicação dos agrotóxicos. Há casos de apiários que não são catalogados, assim, nem o agricultor nem as autoridades sabem da existência”, informa o delegado.
A pena para tais crimes é de até 4 anos de reclusão e, na esfera administrativa, a multa pode chega a R$ 2 milhões.