Além do presidente, participarão os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Sidônio Palmeira (Secom), Rui Costa (Casa Civil) e Esther Dweck (Gestão).
O diretor-presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, além de secretários dos ministros também foram escalados para o encontro.
Apesar do encontro marcado, ainda não há previsão de divulgação de medidas. Segundo Haddad, o governo vai fazer “um estudo com cautela”.
O governo está preocupado com o avanço da inflação no país, e Lula vem cobrando os ministros para apresentarem soluções para baratear o preço dos alimentos.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo IBGE, encerrou 2024 em 4,83%, com impacto maior do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses.
Na quarta-feira (22), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o governo estava estudando “intervenções” para reduzir o preço dos alimentos. No entanto, Costa voltou atrás e disse que se tratam de “medidas”.
Um dia depois, Costa chamou os ministros Paulo Teixeira e Carlos Fávaro, além de Haddad, que enviou seu secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, para tratar do tema em reunião no Palácio do Planalto. O ministro da Fazenda não compareceu, pois ficou o dia todo em agenda com Lula.
Ao conversar com jornalistas na porta do Ministério da Fazenda, Haddad afirmou que o governo federal estuda mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) para tentar baratear os alimentos.
Além disso, continuará o andamento no Plano Safra para diversificar as culturas de alimentos no país e não ficar “refém” de uma região quando alguma questão climática atrapalhar o cultivo.
Haddad também negou que possa haver subsídio para atuar na questão ou que se utilize o espaço fiscal para isso. Segundo o chefe da equipe econômica, isso não passa de “boataria”.
O governo também já descartou a proposta de mudança nas regras do sistema de prazo de validade para tentar reduzir o preço dos alimentos.
A proposta da validade foi apresentada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), que sugere a modernização do sistema de prazos de validade, o chamado “Best Before”.
Sobre isso, Haddad reforçou que a associação e todos os setores podem apresentar propostas, mas que nem todas vão virar política pública.