O ministro da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Alexandre Padilha, afirmou nesta segunda-feira (2), que a sabatina do indicado de Lula ao Banco Central, Gabriel Galípolo, está prevista para acontecer na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado na terça-feira, dia 10 de setembro.
"As sinalizações são as mais variadas. Quando o governo indicou o Galípolo, ficamos sabendo que era possível fazer a sabatina na segunda semana de setembro, no dia 10 de setembro. É importante que que ele tenha tempo de visitar líderes do Senado e os membros da CAE", disse Alexandre Padilha.
O ministro ainda lembrou que Gabriel Galípolo passou por sabatina no ano passado, quando foi indicado para ocupar a Diretoria de Política Monetária do BC. Quando foi indicado para cargo, ele ocupava a Secretaria Executiva do Ministério da Fazenda, o cargo número 2 da pasta.
"O Galípolo é muito conhecido pelos senadores e foi muito bem avaliado na sabatina no ano passado. Não ouvi até agora nenhum ruído de senador ou senadora com relação ao Galípolo. Próprio presidente da CAE [senador Vanderlan Cardoso (PSD)] elogiou e disse que ele não terá dificuldades para ter o nome aprovado".
Galípolo foi anunciado como o indicado do presidente Lula ao Banco Central pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última quinta-feira (29).
Galípolo será indagado pelos senadores membros da comissão e ao final das perguntas e respostas, haverá uma votação para definir se ele foi aprovado ou não. A tendência é que o nome de Lula para o Banco Central seja aprovado com boa margem de votos.
Caso seja aprovado na sabatina, Galípolo ainda precisará ser aprovado pelo Plenário do Senado. A sessão, no entanto, ainda não tem data prevista. A tendência é que fique para depois das eleições municipais.
Durante a entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Padilha desconversou sobre a data da sessão em plenário, e focou as respostas na sabatina prevista para o próximo dia 10.
Padilha também falou sobre as conversas entre os poderes Executivo e Legislativo a respeito do modelo de emendas parlamentares, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de limitar a transferência por meio de emendas impositiva, sobretudo pelas emendas de transferência especial, conheciadas como emendas pix. Segundo o ministro da SRI, o modelo de emendas será 'enterrado'.
“Nós vamos enterrar de vez o modelo de emendas pix, e ter um modelo de repasse fundo-a-fundo, mas um modelo rastreável, que você tenha a priori qual é o objeto apresentado pelo parlamentar. Se é para a Saúde, Educação, e um plano de trabalho apresentado pelos municípios”, disse.
Ainda segundo Alexande Padilha, o debate sobre as emendas pix está "bem resolvido" desde a reunião da semana passada entre integrantes dos Três Poderes.
Na semana passada, o governo federal fez o pagamento de R$ 233 milhões em emendas parlamentares já sob novas regras definidas por uma portaria publicada pelo Palácio do Planalto. A medida é temporária até que Executivo e Legislativo cheguem a um acordo para criar regras transparentes para o pagamento de emendas parlamentares.