Como ficou o IPCA de junho de 2024?
- Inflação de junho: 0,21%
- IPCA dos últimos 12 meses: 4,23%
Preço dos alimentos desacalera
O preço de alimentação e bebidas apresentou alta de 0,44%, desacaleração de 1,06 ponto percentual em relação a maio, quando o avanço foi de 0,62%. O grupo contribuiu com 0,10 ponto percentual (p.p.) para o índice de junho.
Na alimentação no domicílio, os preços tiveram alta de de 0,47%, desacelerando em relação à alta de maio (de 0,66%). Entre as maiores querdas, estão a da cenoura, redução de 9,47%, a cebola, queda de 7,49%, e as frutas, redução de 2,62% no mês.
“Entre as frutas, chama a atenção o mamão, que por conta de uma oferta maior e a concorrência com outras frutas da época, teve uma queda no preço. Também a banana prata é destaque, com maior oferta, e ainda, uma perda de qualidade por conta da intensa variação de temperatura em algumas regiões produtoras”, explica André Almeida, gerente da pesquisa.
A cebola, que vinha de altas consecutivas, caiu pela maior oferta, principalmente por conta de melhores produções no Nordeste, onde houve redução de volume de chuvas e temperaturas amenas, segundo o IBGE.
Entre as altas, a batata inglesa avançou 14,49%, o leite longa vida, 7,43%, e o arroz, 2,25%. O café moído, com alta de 3,03%, também se destacou em junho. Em valorização no mercado internacional e com redução na oferta mundial do grão, o subitem tem alta acumulada de 12,15% em 2024.
No caso da Alimentação fora do domicílio, a variação foi de 0,37%, menos intensa do que em maio (0,50%). Os subitens lanche e refeição também desaceleraram na comparação mensal, com o primeiro passando de 0,78% para 0,39%, e o segundo de 0,36% para 0,34%.
Quem calcula o IPCA?
O cálculo do IPCA envolve várias etapas e considerações importantes. Vamos entender como isso é feito:
1. Amostra de produtos e serviços
O IPCA é calculado com base em uma amostra de produtos e serviços que representam os gastos das famílias brasileiras. Essa amostra é composta por cerca de 400 itens, que incluem alimentos, bebidas, habitação, transporte, saúde, educação, entre outros. A seleção dos itens é feita com base em pesquisas de orçamento familiar e em dados de consumo das famílias.
2. Pesquisa de preços
Para calcular o IPCA acumulado, o IBGE realiza uma pesquisa de preços em estabelecimentos comerciais de todo o país. Essa pesquisa é realizada mensalmente e envolve cerca de 30 mil estabelecimentos, incluindo supermercados, lojas de departamento, postos de combustível, entre outros. Os preços dos produtos e serviços são coletados e comparados com os preços do mês anterior.
3. Ponderação dos itens
Os itens da amostra do IPCA são ponderados de acordo com a sua participação nos gastos das famílias brasileiras. Itens que representam uma parcela maior dos gastos têm um peso maior no cálculo do IPCA. Essa ponderação é feita com base em dados de orçamento familiar e em pesquisas de consumo.
4. Cálculo do índice
O IPCA é calculado a partir da variação dos preços dos produtos e serviços da amostra. Essa variação é medida em relação ao mês anterior e é ponderada de acordo com a participação de cada item nos gastos das famílias. O resultado é um índice que reflete a variação média.
O que é IPCA acumulado?
O IPCA acumulado é um indicador que mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços ao longo de um determinado período. Ele é calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e é considerado o índice oficial de inflação no Brasil. O IPCA acumulado é utilizado para monitorar a inflação e é divulgado mensalmente.
O que significa a sigla IPCA?
A sigla IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ele é um indicador que mede a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com renda mensal entre um e 40 salários mínimos. O IPCA é calculado pelo IBGE e é considerado o índice oficial de inflação no Brasil. Ele é utilizado para monitorar a inflação e é divulgado mensalmente.