Por volta de 12h10, o Ibovespa subia 1,14%, a 126.204,94 pontos. O volume financeiro somava R$ 3,34 bilhões.
Do lado do câmbio, o dólar registrava queda nesta terça-feira, após bater na véspera novo recorde para 2024. No mesmo horário, a moeda americana recuava 1,62%, cotada a R$ 5,5866. No radar, está a expectativa pela reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e os ministros da área econômica, à tarde, para tratar do câmbio e da situação fiscal.
No exterior, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos tinham mais uma sessão de queda, com o yield do Treasury de 10 ano marcando 4,4059%, de 4,436% na véspera, o que ajudava a bolsa paulista, enquanto o S&P 500, referência do mercado acionário norte-americano, subia 0,11%.
Para a Ágora Investimentos, o ambiente externo, incluindo a queda do dólar ante outras divisas, é tecnicamente favorável a ativos brasileiros, mas pode se tornar mais volátil ao longo do dia, uma vez que será uma sessão encurtada em Nova York em razão do feriado do Dia da Independência nos EUA na quinta-feira.
Uma bateria de divulgações norte-americanas também ocupa as atenções no mercado brasileiro, incluindo dados sobre criação de emprego no setor privado em junho e pedidos semanais de auxílio-desemprego e a ata da última de reunião de política monetária do Federal Reserve.
No Brasil, de acordo com a equipe da Ágora, está no radar reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ministros da equipe econômica para debater o cenário fiscal e econômico e decidir o que fazer em relação à depreciação recente do real, além de ser aguardada uma definição sobre corte de gastos.
De acordo com a agenda oficial, Lula reúne-se às 16h30 com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; da Casa Civil, Rui Costa; e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
O viés positivo na bolsa paulista acompanhava o alívio do dólar ante o real, que já na véspera havia se afastado das máximas com rumores de que o Banco Central estaria consultando as Tesourarias de bancos sobre eventual intervenção no câmbio. O movimento também endossava a queda taxas dos DIs.
A pauta brasileira também mostrou que a produção industrial retraiu em maio pelo segundo mês seguido, impactada pelas chuvas no Rio Grande do Sul e com destaque para os setores automotivo e alimentício, mas as quedas de 0,9% ante abril e de 1% ano a ano foram menores do que as previsões no mercado.