O encontro entre os três acontece no âmbito do Conselho Monetário Nacional (CMN), que historicamente ocorre em junho com o intuito de definir a meta de inflação para os próximos três anos.
Desta vez, os anos de 2025, 2026 e 2027 já estarão sob o chapéu do novo regime de “meta de inflação contínua”, publicado em decreto nesta quarta.
A reunião também ocorre em meio ao ceticismo do mercado financeiro quanto ao fiscal do país, que tem focado mais em aumentar tributos para arrecadar do que propostas efetivas para cortar despesas.
No meme publicado no perfil oficial do BC no Instagram, a imagem mostra a apresentação de uma nova emoção entre os personagens, chamada de “vontade de gastar sem poder”. A legenda também reforça a mensagem de controle com as finanças.
“Manter as emoções sob controle ao fazer compras é essencial para evitar gastos impulsivos. Antes de comprar, pergunte-se se realmente precisa do item. Estabeleça um orçamento e siga-o rigorosamente”, cita o texto.
“Planejar suas finanças permite identificar prioridades, economizar e evitar dívidas. Quer mais dicas sobre como tomar decisões financeiras mais seguras e eficazes?”, complementa, recomendando o acesso ao portal do BC sobre Cidadania Financeira.
Nos últimos dias, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) endureceu o tom das críticas contra Campos Neto e sobre a condução da política monetária.
Nesta quarta, Lula disse que o BC “não pode cuidar só da inflação”. Para o petista, é necessário que a autoridade monetária olhe também para o crescimento da economia.
“Não pode só cuidar da inflação. Precisa cuidar do seguinte: o Banco Central vai ter um plano de meta de crescimento? ‘Eu quero controlar a inflação, mas quero crescer’”, disse em entrevista ao UOL.
Na sequência, o presidente voltou a questionar o patamar da taxa básica de juros, a Selic, que hoje está em 10,5% ao ano. Lula pediu que empresários e o setor produtivo se mobilizem diante deste cenário.
“A pergunta que faço é a seguinte: o Banco Central tem necessidade de manter a taxa de juros a 10,5% quando a inflação está a 4%? O Banco Central leva em conta que as pessoas estão com dificuldade de fazer financiamento?”, questionou.