A redução das estimativas para a produção de soja no Brasil, divulgada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) nesta sexta-feira, 12, já se reflete nos preços da Bolsa de Chicago. O novo boletim aponta para 157 milhões de toneladas de soja, ante os 161 milhões de toneladas considerados anteriormente.
Ainda assim, o volume está dentro das expectativas de mercado, e em linha com o volume estimado pela Companhia Nacional de Abastecimento, de 155,27 milhões de toneladas do grão para 2023/24.
De acordo com Claiton Santos, diretor da consultoria de mercado SOMMA, perto de 15h (horário de Brasília), as cotações para a soja futura recuavam 32 pontos na Bolsa de Chicago, com vencimento para março de 2024. Com isso, o bushel passa a ser cotado a US$ 12,08.
O volume a ser exportado pelo Brasil deve chegar a 99,5 milhões de toneladas, ainda segundo o USDA.
A produção mundial de soja 2023/24 foi estimada em 398,98 milhões de toneladas, praticamente o mesmo resultado considerado em dezembro, de 398,88 milhões de toneladas.
A safra dos Estados Unidos também tem apresentado melhor desempenho, puxando os resultados para cima. Até o momento, o USDA considera aumento de de 112,39 para 113,34 milhões de toneladas. As exportações foram mantidas em 47,76 milhões de toneladas.
Na contramão do Brasil, o órgão norte-americano revisou para cima a estimativa de colheita na Argentina. Anteriormente, o órgão considerava 48 milhões de toneladas, e agora prevê 50 milhões de toneladas de soja.
Já a China saiu de 20,5 para 20,84 milhões de toneladas e as importações devem alcançar 102 milhões de toneladas, mantendo a estimativa anterior do USDA.