Os diretores do Banco Central (BC) realizam nesta quarta-feira, 13, o segundo dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e devem reduzir os juros em 0,5 ponto percentual, para 11,75% ao ano. No mercado é dado como certo um corte nessa magnitude. As dúvidas dos analistas, entretanto, estão mais ligadas aos próximos passos do colegiado e se há espaço para acelerar o ritmo de cortes.
A economista Eduarda Schmidt, da Órama Investimentos, afirmou que não espera udanças relevantes no comunicado do BC após a reunião do colegiado. Segundo ela, a conjuntura internacional melhorou em relação ao último encontro, com forte recuo nos rendimentos dos juros de longo prazo.
"Contudo, ainda existem incertezas quanto à resiliência da economia americana, principalmente no mercado de trabalho, após a divulgação de mais um payroll acima do esperado. Além disso, a persistência da inflação e dúvida acerca da duração do ciclo de política monetária nos Estados Unidos contribuem para a falta de definições", disse.
Segundo ela, a resiliência do mercado de trabalho e as expectativas de inflação ainda desancoradas no Brasil, além de um possível descompasso com o Federal Reserve, diminuem o incentivo do Comitê para a elevação no ritmo no curto prazo.
"Desse modo, enxergamos que o cenário é propício para uma permanência do forward guidance em relação ao atual ritmo de cortes para as próximas reuniões, que inclui as duas primeiras de 2024, e esperamos um comunicado neutro", disse.