Os economista ouvidos pelo Banco Central (BC) para o Boletim Focus desta semana mantiveram em 12% a estimativa para a taxa básica de juros ao fim de 2023, mas reduziram, pela segunda semana seguida, as projeções para a inflação, desta vez de 4,90% para 4,84%.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana, nos dias 1 e 2 de agosto, para deliberar sobre a taxa Selic. A expectativa é que haja um corte, após a Selic estar em 13,75% ao ano desde agosto de 2022.
Considerando a projeção de 12% ao fim 2023 e as quatro reuniões do Copom que ainda ocorrerão até lá, o mercado já precifica uma redução de 1,75 ponto porcentual e cresce a expectativa que 0,5 ponto seja cortado já no encontro de agosto.
Apesar da manutenção da estimativa para os juros ao fim de 2023, as projeções para os próximos anos foram todas reduzidas: de 9,50% para 9,25% para 2024; 9% para 8,75% para 2025; e 8,63% para 8,50% para 2026.
Quanto à inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), além do corte da projeção para 2023, o mercado também revisou para baixo a estimativa para 2024, de 3,90% para 3,89%. Para 2025 e 2026, manutenções, em 3,50% para os dois anos.
Para o crescimento econômico, a mediana das projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foram mantidas em 2,24% para 2023; em 1,30% para 2024; e 1,90 para 2025. Para 2026 a projeção caiu de 1,88% para 1,97%.
No câmbio, com a queda acumulada nos últimos meses, os economistas ouvidos para o Focus revisaram para baixo todas as projeções para os próximos anos: de R$ 4,97 para R$ 4,91 para 2023; de R$ 5,05 para R$ 5 em 2024; de R$ 5,12 para R$ 5,08 para 2025; e de R$ 5,20 para 5,10 para 2026.