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Por que esta decisão do Copom pode ser chave para o início da queda de juros

Mercado espera que BC emita um comunicado mais brando ao mercado diante de queda das expectativas de inflação

Publicada em 20/06/23 às 08:10h - 53 visualizações

por Kativa FM \\ Exame


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 (Foto: Kativa FM \\ Exame)
Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central voltam a se reunir nesta terça-feira, 20, para a reunião de dois dias que definirá a taxa de juros Selic. A expectativa ainda é de manutenção da Selic no patamar de 13,75%, mas a decisão desta quarta-feira, 20, já é considerada uma das mais importantes dos últimos meses. Isso ocorre porque espera-se que, pela primeira vez, o BC sinalize a possibilidade de redução dos juros.

Essa crescente expectativa está fundamentada em dados e projeções da economia brasileira, que têm melhorado gradualmente, especialmente, nas últimas semanas.

Expectativas de inflação mais baixas

A mais recente surpresa positiva veio do boletim Focus publicado nesta segunda-feira, 19, a apenas dois dias da decisão. Enquanto as projeções de crescimento foram revisadas para cima, as de inflação, taxa de juros e câmbio foram reduzidas.

O câmbio para o fim deste ano também sofreu revisão para baixo, de R$ 5,10 para R$ 5, enquanto a perspectiva de crescimento foi revisada para cima, de 1,84% para 2,14%. Em relação ao Focus da semana anterior, a perspectiva para o IPCA deste ano caiu de 5,42% para 5,12%, com o IPCA previsto para 2024 recuando para 4% e para 2025, para 3,80%.

Mercado segue dividido sobre início de cortes

A avaliação da equipe do Goldman Sachs é que a recente melhora das expectativas de inflação no Focus deve contribuir para que o Copom sinalize, em comunicado, o início dos cortes de juros na reunião de agosto.

"Com a possibilidade de cortes de juros já em agosto, as projeções futuras da reunião do Copom da próxima semana serão acompanhadas de perto pelos investidore", comentou o banco em relatório. 

A projeção de Selic mais baixa para este ano também teve reflexos no boletim Focus desta semana, com redução do consenso para a Selic deste ano de 12,5% para 12,25%. Para o fim do ano que vem, o consenso dos economistas para a Selic caiu de 10% para 9,5%.

O banco UBS está entre os que sustentam a Selic a 12,25% no fim do ano, mas não acredita que o Copom irá sinalizar a iminência da queda de juros no comunicado desta quarta. Para o banco, o ciclo de cortes deve começar apenas em setembro.

Essa opinião é compartilhada pelo economista-chefe do Itaú, Mário Mesquita, que ressaltou o período prolongado de expectativas de inflação desancoradas e o forte mercado de trabalho como fatores contrários ao início dos cortes já na reunião de agosto.

Segundo Mesquita, o Copom deverá mesmo alterar o comunicado, adotando um tom mais brando, mas sem sinalizar a iminência de cortes de juros. O guidance, afirmou, deve ser uma das principais mudanças do comunicado, com a retirada do trecho que menciona a manutenção do patamar de juros por "período suficientemente prolongado".




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