A reoneração do combustível será feita em duas etapas: metade em setembro e a outra metade em janeiro. A estimativa do Ministério é arrecadar R$ 3 bilhões com a medida. Cerca de R$ 1,5 bilhão será usado no programa de redução de preços e o restante será destinado à redução do déficit primário.
O valor que será arrecadado com a volta da cobrança do imposto sobre o diesel vai compensar os créditos tributários gerados aos fabricantes de veículos. Por esse desenho, o consumidor terá uma redução no preço, e esse desconto será convertido em crédito tributário para a indústria. Esse crédito poderá ser usado pelas montadoras num segundo momento, para abater tributos devidos à União.
O objetivo é que haja um bônus de R$ 2 mil a R$ 8 mil, que será abatido do preço do carro. A estimativa do Ministério do Desenvolvimento é de uma queda no preço final dos carros populares de até 10,96%. A medida valerá para veículos com valor final de até R$ 120 mil.
Foi definida ainda atrelar a política de barateamento do carro a um "pacote verde" do Ministério da Fazenda, para promover a transição energética. A iniciativa tem o objetivo de aliviar as críticas de ambientalistas ao programa do carro popular.