Nesta sexta-feira (12), o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que poderá fazer um anúncio sobre a sua política de preços de combustíveis na próxima semana e poderá reajustar os preços.
“Sim, há chance de reajuste na semana que vem de alguns combustíveis, mas não vou dar ‘spoiler'”, disse o CEO da estatal em coletiva de imprensa sobre resultados trimestrais.
Prates disse ainda que irá manter seguindo a paridade internacional de importação. “Vamos continuar seguindo referencia internacional e competitividade em todos os mercados. Não vamos ter o melhor preço, vamos ser mais atrativo”.
Questionado sobre os critérios de precificação, Prates informou que usará o critério de estabilidade versus volatilidade.
“Não podemos voltar ao ano que não teve reajuste, mas não precisamos viver dentro da maratona de 118 reajustes, como foi em 2017, o que culminou na greve dos caminhoneiros”.
Questionado sobre a venda de ativos com contratos assinados e se eles serão honrados, serão honrados, o diretor executivo financeiro e de relacionamento com investidores explicou que, Sergio Caetano Leite, disse que, na medida dos 100 dias da nova administração, a Petrobras está revendo todos os portfólios de ativos.
Essa revisão, segundo ele, segue uma linha das diretrizes da diretoria, que está embarcada no processo de revisão e conta com fatos externos que a alteraram. ” A conjuntura internacional mudou, o mercado interno mudou.”
Ainda nesse segmento, Prates falou sobre as negociações com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Segundo ele, a Petrobras tem atuado junto ao cade sobre o acordo relacionado à venda de refinarias. “Não vamos descumprir o acordo, vamos conversar para rever e reeditar.”
Pates alegou que o acordo feito com o órgão na gestão anterior, no caso das refinarias, foi a estatal que se voluntariou a vender oito unidades. “Não houve estudo de mercado para uma denúncia.
“Então, vamos lá colocar nossas novas perspectivas, pois tem nova gestão e temos direito de falar que não aceitamos e queremos rever o acordo com os pressupostos apresentados.”
Leite reiterou que é importante que a nova política de remuneração, tanto nível de pagamento, quanto a forma de recompra, seja estudado novas estratégias. “A recompra ocorre como forma de distribuição de valor aos acionistas. Mas, também reflete uma oportunidade no mercado de se recomprar papel, na distribuição de valor aos acionistas públicos e privados.”
Ele adiantou também que farão estudos acerca deste assunto, conforme pedido do conselho de administração. Se for aprovado, será divulgado. “Deverá ocorrer até o final de julho.”
O diretor da Petrobras respondeu também sobre a possibilidade de venda sobre a participação na Braskem. De acordo com ele, a estatal não recebeu, até o momento, nenhuma proposta oficial para ser necessário qualquer movimento.
Para ele, a petroleira está acompanhando os movimentos sobre essas tratativas de uma parte da Braskem por sócio e precisa estar preparada para qualquer mudança. “A proposta apresentada à Novonor pela fatia na Braskem não foi vinculante”, afirma Leite.