O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística concluiu a análise sobre 2021 e divulgou os dados nesta 6ª feira (10.jun). A renda domiciliar per capita mede o rendimento total do trabalho dividido pela quantidade de pessoas em cada residência.
Entre 2012 e 2014, a renda média do brasileiro foi de de R$ 1.417 para R$ 1.505. Cresceu 6,2%. Tendência alterada em 2015, quando o país iniciou a recessão. O rendimento caiu 3,1%, estimado em R$ 1.458. A renda continuou perdendo valor em 2016, com queda de 1,3%, mas voltou a crescer entre 2017 e 2019, registrando um aumento de 5,2%.
Foi quando o rendimento chegou a atingir a maior média da série, com R$ 1.520. Mas, desde que o país passou a enfrentar os efeitos econômicos da pandemia, a renda tem caído. Em 2020, recuou 4,3% e ficou em R$ 1.454. Em 2021, o recuo foi ainda maior, de 6,9%.
Programas sociais
A Pnad Contínua ainda mostra que todas as regiões do país registraram perda de renda per capita. O valor menor continua no Nordeste, com R$ 843. A pesquisa revela também que todo tipo de domicílio está com orçamento menor, mas a perda maior aconteceu onde tem alguém recebendo auxílio de programa social.
A renda per capita dos beneficiários do Bolsa Família se desvalorizou 10,8%. O dobro de quem não recebia, que foi de 5,4%. No caso do auxílio emergencial, a redução no rendimento médio foi de 26,1%. Porque o benefício foi reduzido ano passado.
Nos lares sem beneficiários deste tipo de programa, a perda foi de 10,3% em relação ao ano anterior.