Versátil, o azeite de oliva se destaca de outros óleos vindos de vegetais porque sua origem é uma fruta, a azeitona. Em decorrência disso, esse superalimento é considerado bom para a saúde e está presente na famosa dieta Mediterrânea.
Quem explica mais sobre o tema é um documento sobre os tipos de azeite de oliva publicado pelo Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento da Universidade de Évora, em Portugal, um dos países que está entre os principais produtores de azeite de oliva no mundo. “Em média, são necessários 6 quilos de azeitonas para se obter 1 litro de azeite”, diz a fonte.
Ao lado dos portugueses, também figuram na lista de produtores de azeite a Espanha, a Itália, a Turquia, a Austrália e partes da Califórnia, nos Estados Unidos, conta a Encyclopedia Britannica (plataforma de ensino baseada no Reino Unido).
Os azeites de oliva podem ser classificados como azeite de oliva, azeite de oliva virgem e azeite de oliva extra virgem. Para evitar uma oxidação mais rápida do azeite, recomenda-se que ele seja envasado em garrafas escuras para evitar os efeitos da luz do sol no líquido.
FOTO DE REBECCA HALEObtido da azeitona – e não de sementes, como os óleos vegetais de canola, girassol ou soja, por exemplo – o azeite de oliva é usado desde a Antiguidade. Isso porque o cultivo da oliveira se espalhou por todo o Mediterrâneo (da chamada Ásia Menor passando pela Península Ibérica e norte África) por causa da incursões fenícia e grega na região, como conta a World History Encyclopedia, plataforma de conhecimento dedicada a promover conteúdos sobre história.
Com a popularização da planta pelo mundo antigo, o azeite de oliva acabou se tornando uma importante mercadoria comercial até o período romano – e se consolidou como um produto de alto valor comercial também para as civilizações futuras.
Não à toa, explica a plataforma dedicada à história, a árvore da oliveira também passou a ter um significado cultural mais amplo e seus ramos se tornaram tanto símbolos de paz como formaram a coroa dos vencedores nos primeiros Jogos Olímpicos, afirma a fonte.
Por sua especificidade na hora de ser feito, o azeite extraído das oliveiras deve seguir certas regras de produção e denominação de origem para ser considerado um verdadeiro azeite de oliva. No caso daqueles feitos em território da União Europeia, existe até mesmo uma lei exclusiva para guiar essa produção.
Segundo o documento da Universidade de Évora, os azeites são classificados em Azeite Virgem ou Azeite Extra Virgem, dependendo de suas características químicas e sensoriais. “O grau de acidez é um dos parâmetros mais conhecidos e que influencia esta classificação”, explica a fonte.
O Azeite Extra Virgem é o que possui qualidade superior e, segundo o documento da universidade portuguesa deve ser sempre envasado em garrafas escuras para não acelerar o seu processo de oxidação e nenhum dos azeites considerados superiores pode ser misturado com qualquer outro tipo de azeite vegetal.
Por fim, há ainda um terceiro tipo, que é o óleo de oliva. Ele costuma ser obtido de azeitonas já machucadas ou fermentadas, cujo grau de acidez supera os 2%. Como ele é o que possui menor qualidade, precisa ser refinado para ser comercializado, como informa a Autoridade de Segurança Alimentar e Econômica, órgão de fiscalização alimentar de Portugal.
De maneira geral, o azeite de oliva de boa qualidade necessita de cuidados especiais (da colheita ao envase) para não se deteriorar. Entre eles estão não ser exposto ao sol, ao calor ou ao oxigênio, pois todos esses elementos podem quebrar os polifenóis que são as substâncias antioxidantes presentes no alimento. Os dados são da FAO (Food and Agriculture Organization), órgão da Organização das Nações Unidas para a alimentação.