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Com Teo Moraes

Ciência

Conheça 4 fatos curiosos sobre os escorpiões: seu corpo pode se tornar fluorescente

Estes animais chamam a atenção por causa de suas picadas perigosas, mas nem todas as espécies de escorpião são letais.

Publicada em 22/11/24 às 10:44h - 9 visualizações

por Kativa FM \\ National Geographic


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Acima, um exemplar de escorpião preto. Embora possam se alimentar de praticamente qualquer animal pequeno, esses animais preferem insetos. Foto de David Guttenfelder  (Foto: Kativa FM \\ National Geographic)

escorpião ou Scorpiones, como são cientificamente conhecidos, é um animal da ordem de artrópodes pertencente à classe Arachnida (que também inclui as aranhas). A ordem é representada por 19 famílias e mais de 2.300 espécies de escorpiões em todo o mundo, detalha o livro acadêmico Medical and Veterinary Entomology (2019), uma publicação inglesa referência quando o assunto é a diversidade de artrópodes.

Esses animais invertebrados são caracterizados por uma cauda segmentada e curva com um ferrão venenoso na parte de trás do corpo e um par de pinças na frente, com um tamanho médio de seis centímetros, como descreve a Encyclopaedia Britannica (plataforma de conhecimento e educação do Reino Unido).

 O Brasil, especificamente, vem enfrentando uma subida nos casos de acidentes com escorpiões. De acordo com dados recentes do Ministério da Saúde brasileiro, o país teve pelo menos 202 mil notificações de picadas em 2023 e o número de mortes ocasionadas pelo animal subiu de 92 em 2022 para 134 pessoas no ano seguinte.

Para além da fama de perigoso que este animal possui, National Geographic reuniu quatro curiosidades acerca dos escorpiões. Descubra a seguir.

Um escorpião em um contêiner antes de ser transportado para um laboratório no Parque Nacional Chu ...Um escorpião em um contêiner antes de ser transportado para um laboratório no Parque Nacional Chu Yang Sin, no Vietnã.

1. Poucos escorpiões são os responsáveis pelas picadas letais

A picada de um escorpião pode ser letal somente em alguns casos. Isso porque este artrópode é capaz de injetar veneno por meio de seu ferrão, resultando em uma dor aguda e formando uma ferida redonda na pele, acompanhada de inchaço e hematomas, como descreve um artigo publicado no site do Ministério da Saúde da Argentina.

Já o MedlinePlus, um serviço de informações produzido pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, conta que “as picadas de escorpião matam mais pessoas do que qualquer outro animal, exceto cobras”. Para tratar a picada e evitar a morte, deve-se administrar soros antivenenos, disponíveis nos hospitais e centros de saúde.

No entanto, os venenos variam significativamente em termos de toxicidade de espécie para espécie. “A grande maioria dos escorpiões é relativamente inofensiva, apesar da dor e de outras reações associadas às suas picadas, e apenas cerca de 20 espécies em todo o mundo são consideradas seriamente perigosas ou potencialmente fatais para os seres humanos”, afirma o órgão de saúde argentino.

Um close da cauda de um escorpião venenoso. Apenas cerca de 20 das mais de 2 ...Um close da cauda de um escorpião venenoso. Apenas cerca de 20 das mais de 2 mil espécies de escorpiões são potencialmente mortais. Na América do Sul, a espécie Tityus Serrulatus, conhecida como escorpião amarelo, é considerada a mais venenosa da região.

2. Certas espécies de escorpião são capazes de sobreviver comendo só um inseto por ano

Embora os escorpiões sejam mais comumente encontrados nos desertos, eles se adaptaram a outros habitats e atualmente também podem ser encontrados em áreas temperadas, subtropicais e tropicais.

No Brasil existem quatro espécies, de acordo com o Instituto Butantan (instituição governamental de São Paulo que realiza pesquisas científicas desde 1901). São elas: o escorpião-preto-da-Amazônia (Tityus obscurus); o escorpião-amarelo-do-Nordeste (Tityus stigmurus); o escorpião-marrom (Tityus bahiensis); e o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus).

Tratam-se de predadores oportunistas que se alimentam de qualquer animal pequeno que possam capturar. Entre suas presas favoritas estão insetosaranhas e até mesmo outros escorpiões, como revela a  Britannica.

Um fato curioso sobre esse animal é sua incrível capacidade de desacelerar o próprio metabolismo para um terço da taxa típica dos artrópodes. Dessa forma, o escorpião pode lidar com a escassez de alimentos. “Essa técnica permite que algumas espécies usem pouco oxigênio e vivam se alimentando com apenas um inseto por ano”, afirma um artigo da National Geographic norte-americana sobre o tema.

Mas mesmo com um metabolismo reduzido, o escorpião é capaz de atacar a presa a toda velocidade quando a oportunidade se apresenta, um dom que falta a muitas espécies que hibernam.

3. Os escorpiões eram admirados pelos gregos na Antiguidade

De acordo com a Britannica, os antigos gregos respeitavam esse animal invertebrado. Talvez por isso, tenham batizado uma das constelações de Scorpius, em referência ao animal. 

“A representação da constelação de estrelas como esse animal está relacionada à lenda grega do escorpião que picou Órion até a morte. Diz-se que é por isso que a constelação de Órion se põe quando Escorpião surge no céu”, conta a fonte inglesa

Outro mito grego relacionado fala de “um escorpião que fez com que os cavalos do Sol se descontrolassem quando estavam sendo conduzidos por um dia pelo jovem inexperiente Phaethon”, referindo-se à história sobre o filho de Hélios, o deus do Sole de uma mulher ou ninfa identificada como Clymene, Prote ou Rhode, diz a Britannica.

A fluorescência dos escorpiões sob luz ultravioleta é um dos aspectos mais marcantes do animal, mas ...A fluorescência dos escorpiões sob luz ultravioleta é um dos aspectos mais marcantes do animal, mas sua utilidade ainda é desconhecida pela ciência.

Foto de Domínio público Timothy Parker/USFWS

4. Os escorpiões são animais fluorescentes

Com exceção dos escorpiões asiáticos da família Chaerilidae, os escorpiões são fluorescentes, o que significa que são capazes de receber luz em um comprimento de onda e reemiti-la em um comprimento de onda diferente, conforme explica o artigo da National Geographic Espanha.

A utilidade dessa peculiaridade é algo que ainda intriga os especialistas. Algumas hipóteses afirmam que ela poderia ajudar na detecção e no reconhecimento entre sexos ou espécies, servir para afugentar predadores ou como uma fórmula para atrair presas no escuro.




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