A abelha-europeia (Apis mellifera) é uma das várias abelhas existentes na natureza, porém é capaz de produzir mel. É um inseto vermelho ou marrom com faixas pretas e anéis amarelos ou laranja no abdômen e pelos no tórax, como descreve o Animal Diversity Web – uma plataforma de dados online mantida pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Ela é a abelha mais conhecida do mundo e também a mais presente no Brasil, segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Talvez seja por isso que a vida dessas pequenas abelhas trabalhadoras atraia tanta atenção.
Neste artigo, a National Geographic responde a três das perguntas mais populares sobre essa espécie de abelha.
A espécie Apis mellifera é nativa da Europa, Ásia Ocidental e África. Entretanto, elas podem ser encontradas em quase todo o mundo, inclusive nas Américas, no Leste Asiático e na Austrália. A Animal Diversity Web observa que a introdução humana da Apis mellifera em outros continentes começou a partir do século 17.
Embora possam sobreviver em pradarias (como os Pampas), desertos e áreas úmidas se houver água, alimento e abrigo suficientes, elas preferem áreas com abundância de plantas com flores (prados, áreas arborizadas abertas e jardins). De qualquer forma, elas devem ter árvores ocas ou outras cavidades para fazer seus ninhos, explica a ADW.
Como o seu próprio nome sugere, essas abelhas produzem mel... E muito mais coisas. De acordo com a FAO, as abelhas melíferas fornecem outros produtos, como cera, geleia real, pólen e própolis (uma mistura de resina de árvore e secreção de abelha).
Esses produtos são usados pelos seres humanos em uma ampla variedade de áreas: como alimento natural, na apiterapia (o uso do mel e de outros produtos das abelhas para a prevenção e/ou tratamento de problemas de saúde), para criar velas, em produtos cosméticos, entre outros.
Uma abelha coleta pólen de flores de cebola em Boise, no estado de Idaho, Estados Unidos. De acordo com a Animal Diversity Web, esses insetos também se alimentam de mel, néctar de flores e secreções produzidas por outros membros da colônia.
Cada Apis mellifera se alimenta de pólen, néctar das flores, mel (néctar armazenado e concentrado) e secreções produzidas por outros membros da colônia, explica a ADW.
A fonte norte-americana revela que elas são as operárias responsáveis pela coleta de alimentos (néctar e pólen) para toda a colônia.
“As operárias jovens comem pólen e néctar e secretam materiais alimentícios, chamados de 'geleia real' e 'geléia de operária', expelidas por glândulas em suas cabeças. Esse material é dado às larvas jovens, e a quantidade e o tipo que elas recebem determinam se serão rainhas ou operárias”, descreve a ADW.
Especificamente, as larvas das futuras rainhas recebem até 10 vezes mais geleia real do que as demais, observa um artigo da National Geographic da Espanha.
Além disso, elas coletam melada – que é um líquido doce excretado por insetos que se alimentam de seiva (como os pulgões).