Existem mais de 50 mil espécies de aranhas catalogadas no mundo, como detalha o Museu de História Natural de Berna, na Suíça. Mas ainda que a maioria desses aracnídeos não seja venenoso, algumas espécies, notadamente, ocupam um lugar importante na lista de animais perigosos, como é o caso da aranha-violinista (Loxosceles rufescens).
Como seu próprio nome científico indica, a Loxosceles rufescens – também é chamada de aranha-violino – pertence ao gênero Loxosceles, um grupo de aranhas que costuma ter um tamanho minúsculo, podendo chegar a ter de 4 a 5 centímetros com as pernas estendidas, segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (da sigla em inglês CDC – Centers for Disease Control and Prevention) dos Estados Unidos.
Ou seja, nem sempre as maiores aranhas são as mais ameaçadoras. No caso da aranha-violinista, seu veneno pode causar necrose no local da picada, completa o Instituto Butantan (centro de pesquisa científica e produção de imunobiológicos baseado na cidade de São Paulo), e é capaz até mesmo de levar humanos à morte, como mostram casos recentes.
A seguir, descubra outros dados que mostram a periculosidade da aranha-violino ou aranha-violinista.
Existem mais de 50 mil espécies de aranhas catalogadas no mundo até o momento, segundo explica o Museu de História Natural de Berna, na Suíça. Mas a maioria delas não é venenosa para os seres humanos.
Um caso ocorrido em agosto de 2024 acendeu o alerta sobre o perigo de aranhas venenosas para as pessoas. Isso porque, segundo informações da agência italiana de notícias Ansa, um jovem de 23 anos morreu em decorrência da picada de uma aranha-violinista-mediterrânea. A fonte afirma que, mesmo internado, o rapaz morreu devido a um choque séptico e falência geral de órgãos vitais.
Este seria o segundo caso somente no verão deste ano na Itália, diz a Ansa, trazendo de volta a preocupação a respeito do aracnídeo.
Ainda que em alguns casos a mordida da aranha-violinista possa ser indolor e, por isso, passar despercebida, dentro de horas a dias costuma surgir dor intensa, vermelhidão e uma lesão necrótica no local, explicam os Institutos Nacionais da Saúde (da sigla NIH em inglês), um conglomerado de centros de pesquisa biomédica do governo dos Estados Unidos.
O veneno da aranha-violinista é necrosante, capaz de causar lesões graves na pele, que podem evoluir para úlceras. Em situações raras, pode levar a complicações sistêmicas e à morte, detalha a fonte estadunidense.
Nos casos mais graves, porém, a pessoa picada pode sentir febre, calafrios, e mal-estar geral, define a Academia Americana de Dermatologia (da sigla em inglês AAD – American Academy of Dermatology), entidade sem fins lucrativos de dermatologistas dos Estados Unidos e Canadá.
Após a mordida, a entidade médica dermatológica recomenda lavar a área com água e sabão, aplicar gelo para reduzir o inchaço e procurar atendimento médico imediato. O tratamento pode incluir medicamentos para a dor, antibióticos e, em alguns casos, cirurgias para remoção de tecido morto, diz a fonte dermatológica.
A espécie Loxosceles rufescens acabou ganhando esse nome por causa de uma mancha que os animais adultos possuem nas costas e que lembra o formato de um violino, como detalha o Centros de Controle e Prevenção de Doenças (da sigla em inglês CDC – Centers for Disease Control and Prevention).
Já o National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, explica que a aranha-violinista é encontrada principalmente em regiões quentes e secas, e é nativa das Américas. Ela pertence ao gênero Loxosceles e à família Sicariidae.
Existem várias espécies de aranhas Loxosceles. No mundo todo, foram catalogadas 134 de aranhas do gênero, afirma o Butantan, enquanto no Brasil são oficialmente reconhecidas 18 espécies, diz o Instituto Butantan, onde é conhecida como aranha-marrom.
De acordo com o Butantan – fonte especializada neste tipo de animal peçonhento – recomenda-se atenção ao usar calçados e roupas em regiões propícias a ter aranhas. Na maioria das vezes, diz o instituto, as aranhas fogem ao se depararem com pessoas, mas costumam picar quando realmente se sentem ameaçadas.
As aranhas, em geral, também se movimentam mais à noite. "O ideal, caso encontre uma, é não tocá-la diretamente, mas deslocá-la para fora da residência com uma vassoura ou outro objeto", reforça a fonte brasileira.