É bem provável que se escute falar, cada vez mais, dos chamados supermicróbios. Esses organismos microscópicos são "cepas de bactérias, vírus, parasitas e fungos que são resistentes à maioria dos antibióticos e outros medicamentos comumente usados”, define Mayo Clinic, uma organização sem fins lucrativos de informações sobre saúde.
No caso das bactérias, em especial, aquelas que são imunes aos “tratamentos-padrão anteriormente usados” para combater as doenças que causam, ganham a definição de superbactérias. O nome vale também para o caso de organismos capazes de fazer com que os medicamentos tradicionais sejam menos eficazes, como explica a Mayo Clinic.
Entre os exemplos de superbactérias que já são encontrados atualmente estão formas resistentes de tuberculose, gonorréia e estafilococos, de acordo com o National Institutes of Health (NIH) – um conglomerado de centros de pesquisa da agência governamental de pesquisa biomédica do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos.
O uso indiscriminado de antibióticos está ajudando a criar bactérias resistentes à medicamentos, as chamadas superbactérias.
De acordo com o NIH, a origem no uso excessivo e incorreto de antibióticos, tanto em humanos quanto em animais, é o que contribu para o surgimento de bactérias resistentes.
Quando usados corretamente, os antibióticos matam as bactérias causadoras de doenças. Mas se forem usados para tratar infecções virais, como a gripe, eles não afetam os vírus. Em vez disso, destroem uma variedade desses organismos no corpo, inclusive as bactérias "boas" que ajudam na digestão e na manutenção da saúde.
Já as bactérias que sobrevivem ao tratamento podem se multiplicar e se tornar resistentes.
À medida que mais pessoas usam antibióticos desnecessariamente, as bactérias resistentes podem se proliferar e se espalhar. Elas podem até mesmo transferir sua resistência para outras, tornando os medicamentos menos eficazes ou até mesmo inúteis contra determinadas doenças bacterianas, conclui a agência dos Estados Unidos.