As mudanças climáticas têm sido sentidas de diversas formas no planeta nos últimos anos, e se revelam na incidência cada vez maior de recordes de temperaturas e na ocorrência de desastres naturais, tais como inundações, deslizamentos de terra e tempestades que com alto potencial destrutivo.
De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), um órgão oficial do governo de Portugal para o clima, as tempestades ou temporais são “marcados por ventos com rajadas muito fortes, trovoadas e precipitação intensa – geralmente de chuva, granizo ou de neve”.
O IPMA esclarece também que “não há diferenças significativas entre tempestade e temporal”. As suas palavras podem ser consideradas sinônimos, mas sempre se referem a um evento meteorológico imponente.
Dados do site do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações do Brasil explicam que as tempestades costumam ser recorrentes durante o verão – e em regiões tropicais e temperadas. A fonte ainda aponta que, “a qualquer instante, cerca de 2 mil tempestades (e não nos polos) estão ocorrendo ao redor do mundo”, uma média de 50 mil tempestades todos os dias.
Nuvens de tempestade sobre os arranha-céus de Cingapura. A cada instante, cerca de cerca de 2 mil tempestades estão ocorrendo no mundo.
Ainda de acordo com o órgão do governo brasileiro, o processo formação das nuvens que dão origem às tempestades (ou temporais) depende de três fatores básicos: “umidade do ar, o grau de instabilidade vertical da atmosfera – o qual está relacionado à variação de temperatura com a altura –, e a existência de mecanismos dinâmicos, conhecidos como forçantes, que empurram o ar para cima”.
A página esclarece “uma típica nuvem de tempestade contém algo em torno de meio milhão de toneladas de gotículas de água e partículas de gelo de diferentes tamanhos”. Cerca de 20% dessas gotas chegam ao solo como chuva. “O restante dessa água evapora ou fica na atmosfera sob a forma de nuvens”, detalha.
E não é à toa que os temporais são notados, majoritariamente, durante à tarde. Segundo o site do ministério brasileiro, a ocorrência mais frequente desses eventos meteorológicos se dá entre as 16h e 18h, em horário local, e a maioria das chamadas “tempestades severas” está associada a um “grande número de descargas atmosféricas”, esclarece a fonte.