Presentes até em filmes como os da saga de Indiana Jones, as Naja fazem parte já do imaginário das pessoas quando o assunto são cobras perigosas e, na realidade, elas são mesmo. Como explica a Encyclopædia Britannica (plataforma de conhecimento do Reino Unido), o gênero Naja naja é uma tipo de serpente altamente venenosa da família das Elapidae – mesma família da também temida cobra-real (Ophiophagus hannah).
A Naja naja é conhecida também como “naja indiana”, já que é comum especialmente na Índia, mas também pode ser encontrada no Paquistão, Sri Lanka, Nepal, Butão e até no Afeganistão, conforme explica o site Animal Diversity Web (ADW) – enciclopédia online mantida pelo Museu de Zoologia da Universidade de Michigan, dos Estados Unidos.
Altamente ligada à cultura indiana e associada aos encantadores de serpentes que existem no país, o gênero naja possui variantes que são encontradas em outros países como a Naja melanoleuca que é típica dos países da África Subsaariana, como registra o ADW. Há ainda outro tipo também encontrado no continente africano: a Naja pallida, mais comum no Egito, norte da Tanzânia, Uganda, Sudão, Quênia e Somália.
As mais populares, as najas indianas, são cobras de escamas lisas com olhos pretos, pescoço e cabeça largos, e que podem ter, em média, de 1,8 a 2,2 metros. Já a Naja melanoleuca pode chegar a 2,7 metros e a Naja pallida é menor, tendo em média 1,5 metros.
Descubra algumas características típicas das najas, a seguir:
O veneno das najas é extremamente perigoso para os seres humanos. Quando ameaçadas, essas cobras assumem uma postura elevando com o terço superior do corpo e alonga as costelas do pescoço, que são longas e flexíveis, e a pele solta para formar seu capuz , sibilando um barulho característico.
O capuz é algo típico de seu gênero – é uma espécie de capa ao lado da cabeça quando prestes a atacar, chamada oficialmente de capelo. Esse é um mecanismo de defesa que faz a naja parecer maior quando se sente ameaçada ou quer atacar, como explica o Instituto Butantan (instituição de pesquisa científica e produção de imunobiológicos do Brasil que pertence ao governo de São Paulo e estuda répteis, anfíbios e outros animais desde desde 1901).
Uma das cobras najas do Laboratório de Herpetologia que chegaram ao Instituto Butantan, em São Paulo, no ano de 2016.
FOTO DE MATEUS SERRER COMUNICAÇÃO BUTANTANAs najas possuem um temperamento voraz e irritadiço, como explica o site do Instituto Butantan. Elas costumam se alimentar de roedores, lagartos e sapos. É uma serpente que pica rapidamente e espera enquanto seu veneno danifica o sistema nervoso da presa, paralisando-a e, muitas vezes, matando-a.
As najas de todos os tipos normalmente vivem em locais quentes de áreas tropicais. Entretanto, elas também podem ser achadas em gramados, florestas e cerrados no continente africano e na região do sudeste asiático.
Em geral, elas passam a maioria do tempo embaixo de pedras e em árvores. Como os roedores que costumam se alimentar são encontrados em cidades, muitas vezes aparecem em regiões habitadas por humanos – se tornando assim, também perigosas para as pessoas, como explica a Britannica.
Uma pessoa picada por uma cobra naja pode morrer se não procurar tratamento médico adequado imediatamente. Os sintomas de envenenamento pelo seu veneno incluem dor no local da picada, dor de cabeça, visão embaçada, náusea e vômito, problemas respiratórios, paralisia e, em alguns casos, insuficiência respiratória e parada cardíaca, segundo a enciclopédia.