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Da Petrobras à Casa Civil, as seis mudanças que Lula pretende promover

Líderes partidários do Centrão já mapearam vagas no primeiro escalão que podem ser alvo da reforma ministerial

Publicada em 08/12/23 às 08:01h - 59 visualizações

por Kativa FM \\ Exame


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Lula: presidente pode ampliar lista caso outros nomes cogitem disputar eleições municipais (Leandro Fonseca/Exame)  (Foto: Kativa FM \\ Exame)
Líderes do Centrão mapearam pelo menos seis vagas no primeiro escalão do governo que podem ser alvo da reforma ministerial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizará no próximo ano.

Pressões de partidos da base aliada, incluindo o PT, defendem que a troca ocorra já em janeiro. O presidente, porém, pode deixar esse processo para março, quando alguns aliados deixarão a Esplanada dos Ministérios para concorrer às eleições municipais de 2024.

Partidos como PSD, Republicanos e PP estão de olho nas movimentações que ocorrerão nos próximos meses para cobrar mais espaço no governo. O argumento central é de que essas legendas são vitais para garantir a aprovação da pauta econômica no Congresso e têm menos espaço que partidos considerados pequenos, como PSB.

Casa Civil e Petrobras

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, sofre com o fogo amigo de colegas de Esplanada que criticam o estilo de trabalho do ex-governador da Bahia. Direto nas cobranças e pouco afeito ao mise em scène político, Costa é um alvo constante.

Entretanto, o ministro tem total respaldo de Lula, avaliam líderes governistas no Congresso, por ter tocado com êxito todas as missões delegadas pelo presidente. Diante das críticas, o político baiano intensificou as reuniões com parlamentares e tem participado da articulação política.

Lula não cogitava substituir Costa, mas a insatisfação com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, mudou o jogo. Agora, ele considera nomear o ex-governador da Bahia ao comando da petroleira. A avaliação interna é a de que Costa teria mais pulso para tomar as decisões de interesse do governo.

A queixa é que Prates não cumpre os acordos firmados e faz anúncios sem alinhar com Lula, segundo a EXAME apurou. No caso mais recente, Lula fez uma crítica ao anúncio de Prates de que a Petrobras abriria uma subsidiária na Arábia Saudita. Com isso, Prates corre o risco de deixar o posto e Costa ser realocado no comando da Petrobras.

De maneira embrionária, líderes do Centrão e parlamentares governistas especulam nomes como o do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do Republicanos, deputado Marcos Pereira (SP), como potenciais sucessores à Casa Civil. Renan Filho tem sido um portador de boas novas do governo, com execução de obras e investimentos à frente de sua pasta.

No caso de Lira, a solução seria trazer para o governo um líder com peso político semelhante ao de José Dirceu. Entretanto, não está claro se os dois -- Lula e Lira -- topariam. Lira, dizem interlocutores, teria disposição em assumir o Ministério da Saúde, hoje na cota do PT.

Pereira tem boa relação com partidos de esquerda e reforçaria a aproximação do governo com os evangélicos, eleitorado mais próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ministério da Ciência e Tecnologia

A ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, deve deixar a pasta para concorrer à prefeitura de Olinda, em Pernambuco.

Em agosto, Luciana admitiu publicamente essa possibilidade durante visita ao Porto Digital, no Recife, capital pernambucana.

“Esse é um debate que a gente está fazendo internamente. Claro, com as forças políticas. No caso específico, isso não está descartado. Seria uma possibilidade, não nego”, disse Luciana Santos, em entrevista coletiva à época.

Ministério da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte

O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, também deve deixar a Esplanada em março, para concorrer à prefeitura de São Vicente, no litoral de São Paulo, cidade que já comandou no fim da década de 1990 e no início dos anos 2000.

França, dizem interlocutores, não ficou satisfeito ao deixar o Ministério de Portos e Aeroportos e quer se reaproximar dos eleitores para alçar voos maiores nos próximos anos.

Secretaria-geral da Presidência da República

O ministro da Secretaria-geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, deve deixar o posto para concorrer à prefeitura de Aracaju, capital de Sergipe.

Macedo foi eleito deputado federal nas últimas eleições e deve ter como principal cabo eleitoral o presidente Lula.

Ministério da Justiça

Com a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal, Lula terá de escolher um novo chefe para a pasta.

Ainda está em cogitação dividir o Ministério em dois, recriando a pasta da Segurança Pública. Entretanto, não está definido esse novo formato e quem será o escolhido ou os escolhidos para as vagas.

A movimentação, e as especulações, seguirão a todo vapor durante o recesso. A única certeza é que haverá uma Esplanada dos Ministérios repaginada em 2024.




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