Grandes, perigosas, temidas e populares. Os adjetivos que cercam as sucuris são vários, já que essa é uma espécie de serpente que se tornou bem conhecida no Brasil. Típica da região tropical da América do Sul, como explica a Encyclopædia Britannica (plataforma de conhecimento do Reino Unido), a sucuri é uma serpente do tipo Eunectes.
A seguir, descubra quatro curiosidades sobre a sucuri e conheça um pouco mais sobre essa cobra, uma das predadoras mais completas do mundo dos répteis.
Muita gente pode achar que “anaconda” é uma outra serpente, também famosa (e que até virou até tema de filme), mas este é outro dos nomes pelos quais a sucuri é conhecida, entre várias outras denominações de origem indígena.
Segundo o Instituto Butantan (instituição brasileira de pesquisa científica e produção de imunobiológicos que pertence ao governo do estado de São Paulo e estuda répteis, anfíbios e outros animais desde desde 1901), as sucuris pertencem ao gênero Eunectes e fazem parte da família Boidae, grupo que também engloba as jiboias, salamantas e periquitamboias (também conhecida como cobra-papagaio).
Portanto, o nome popular “sucuri” não engloba uma única espécie, mas, sim, um conjunto de quatro espécies que habitam as regiões tropicais da América do Sul (sendo que três delas vivem em território brasileiro). Elas têm hábitos semiaquáticos, por isso costumam viver próximas de rios, brejos e pântanos, conforme explica o site Animal Diversity Web (ADW) – enciclopédia online mantida pelo Museu de Zoologia da Universidade de Michigan, dos Estados Unidos.
Considerando outras cobras e serpentes, o gênero das sucuris (Eunectes) possui poucas espécies. São quatro diferentes sucuris existentes na natureza: Eunectes murinus (sucuri-verde), Eunectes notaeus (sucuri-amarela), Eunectes beniensis (sucuri-de-beni) e Eunectes deschauenseei (sucuri-malhada). Dentre essas espécies, a única que nunca foi observada no Brasil é a sucuri-de-beni. A que é mais comumente encontrada, tem maior tamanho e é a mais estudada pela ciência é justamente a sucuri-verde, a Eunectes murinus, como explica o Butantan.
Segundo a Encyclopædia Britannica a sucuri-verde é encontrada em todas as planícies tropicais da América do Sul, sendo comum na bacia do rio Amazonas, no Brasil, na bacia do Orinoco, no leste da Colômbia, e nas pastagens sazonalmente inundadas de Llanos, na Venezuela.
Outros países onde elas podem ser vistas são Equador, Paraguai, Bolívia, Argentina, Guianas, Peru, Suriname e Trinidad e Tobago. Existe também no estado da Flórida, nos Estados Unidos.
Todas as sucuris possuem grande porte, mas a sucuri-verde, em especial, é considerada a maior serpente em massa corporal do mundo, conforme explica o Instituto Butantan.
Já em relação ao comprimento, a sucuri-verde só perde para a píton-reticulada (Malayopython reticulatus), que habita o sudeste asiático.
A grande e impressionante sucuri-verde pode atingir até sete metros de comprimento e pesar mais de 130 quilos. No entanto, animais com mais de cinco metros são raros de serem encontrados.
Essa espécie de serpente é perigosa e pode matar sua presa, mas não por inocular veneno – como faz a surucucu, por exemplo. Apesar de ter uma picada bem dolorida, a sucuri não é peçonhenta. Elas são predadores oportunistas, alimentando-se de qualquer presa que possam matar e engolir.
É uma espécie carnívora que caça suas presas próximo de seu habitat natural: à beira da água. Quando encontra um animal para se alimentar, ela enrola seu grande corpo ao redor da presa e aperta com força sua vítima até a morte. Sua dieta inclui vertebrados aquáticos e terrestres, como peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos, como conta o site ADW.