A gripe aviária (ou influenza aviária) é uma doença infecciosa que afeta principalmente as aves e é causada por um vírus da família Orthomyxoviridae, a mesma família da gripe comum, como informa a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Dependendo de seu subtipo, ela pode ser classificada como de baixa patogenicidade, ou seja, causam sintomas graves em poucos infectados), ou altamente patogênica, que causam sintomas de leves a graves em todas as infecções, informa a agência.
"O vírus da gripe aviária de baixa patogenicidade pode causar uma doença leve, que pode passar despercebida ou sem a presença de sintomas. O vírus da influenza aviária altamente patogênico, principalmente por subtipos (H5 e H7) do tipo A, causa doenças graves em aves que podem se espalhar rapidamente, resultando em altas taxas de mortalidade em diferentes espécies de aves", observa a Opas.
Ainda de acordo com a entidade, a maioria dos vírus da influenza que circulam nas aves não são zoonóticos (que se originam em animais e podem passar para humanos). Entretanto, algumas cepas de influenza aviária altamente patogênicas têm a capacidade de infectar humanos, e ameaçar a saúde pública.
A influenza aviária é uma doença de notificação obrigatória à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) por sua capacidade de infectar diversas espécies de animais, para além dos humanos.
Além de aves domésticas e silvestres, a infecção pode atingir ratos, gatos, cães, cavalos, suínos e outros mamíferos em geral, inclusive não vivem em terra firme, como lobos e leões marinhos, explica o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil em seu site oficial.
A entidade ainda reforça que as aves marinhas e silvestres costumam ser as hospedeiras mais comuns para esse tipo de influenza.
No entanto, ressalta que eventos como feiras ou mercados de vendas de aves vivas (ou mesmo seu tráfico ilegal) colaboram para aumentar as possibilidades de transmissão e recombinações genéticas entre diferentes tipos de vírus de gripe aviária.
Segundo a Opas, a forma mais comum de entrada do vírus em um território é através das aves migratórias. O principal fator de risco para a transmissão das aves para humanos é o contato direto ou indireto com animais infectados ou com ambientes e superfícies contaminadas por fezes desses animais.
"Depenar, manipular carcaças e preparar aves infectadas para consumo, especialmente em ambientes domésticos, também podem ser fatores de risco", explica a entidade.
Em humanos, os sintomas podem variar de infecção leve do trato respiratório superior, causando febre e tosse, chegando até a uma pneumonia grave, dificuldade para respirar (síndrome de angústia respiratória aguda), choque e até mesmo morte, indica a OPAS.