O combustível usado para abastecer a maioria dos veículos que circulam no planeta é feito de um recurso limitado. “Quando pressionamos o acelerador de um carro, estamos queimando nossa memória biológica", explica a Fundação Aquae, instituição para o cuidado com a água e o meio ambiente.
Segundo a Aquae, isso quer dizer que os combustíveis fósseis vêm da “matéria orgânica depositada no seu solo ao longo da história de vida do planeta". O petróleo é, portanto, resultado dos restos fossilizados de animais e plantas pré-históricas os quais, nos sucessivos estágios geológicos do desenvolvimento do planeta, sedimentaram-se no subsolo.
O petróleo, também conhecido como óleo cru ou simplesmente petróleo bruto, é uma mistura de compostos orgânicos, principalmente carbono e hidrogênio (hidrocarbonetos), e várias quantidades de oxigênio, enxofre e nitrogênio.
Como explica um documento da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), a cor e a textura do petróleo bruto podem variar do amarelo de baixa viscosidade, como se vê na gasolina, ao um tom preto de aspecto tão pegajoso que mal flui.
Esse composto é extraído de campos de petróleo, que podem estar em áreas marítimas, como no caso do México e também do Brasil (como na Baía de Campos, no Rio de Janeiro), localizados tanto em regiões oceânicas mais rasas como também em mar aberto.
Os chamados “campos de petróleo” estão localizados no subsolo, nos estratos superiores da crosta terrestre. É lá que o combustível fóssil fica preso, em rochas porosas ou fraturadas, de baixa permeabilidade. Para extrair o petróleo bruto, um poço é perfurado a partir da superfície e, em seguida, ele passa por uma série de processos, entre eles a destilação e o refino, para tornar-se adequado para os mais variados usos.
Entre 2021 e 2022, a produção global de petróleo bruto cresceu 3,8 milhões de barris por dia e foi feita pelos dez maiores produtores do combustível do mundo, como informa um artigo publicado pela revista Visual Capitalist em setembro de 2023.
De acordo com essa fonte, os Estados Unidos têm sido o maior produtor de petróleo do mundo desde 2018, seguindo na liderança em 2022 com uma produção de quase 18 milhões de barris por dia.
O número representa quase um quinto do fornecimento global de petróleo. Quase três quartos da produção de petróleo da América do Norte estão concentrados em cinco estados norte-americanos: Texas, Novo México, Dakota do Norte, Alasca e Colorado.
No entanto, essa região da América do Norte não é a única produtora de petróleo do mundo. No ranking de países ligados ao combustível, os Estados Unidos são seguidos por Arábia Saudita (com um total de 12.136 milhões de barris por dia); Rússia (com 11.202 milhões de barris por dia); Canadá (com 5576 milhões de barris de petróleo por dia); e Iraque (dono de um total de 4.520 milhões de barris por dia), em números de 2022.
O ramo da química que analisa e estuda o funcionamento do petróleo é a petroquímica. De acordo com o documento publicado pela UNAM, ela é usada para obter produtos primários e secundários derivados do petróleo, os quais são "variados e importantes para diversas atividades industriais".
Atualmente, são conhecidos cerca de 300 mil produtos derivados do petróleo, indica a UNAM.
Entre os mais comuns, a universidade mexicana menciona a gasolina, a parafina, os óleos combustíveis como o diesel e os lubrificantes, a cera de parafina, os solventes químicos e os plásticos.
Até mesmo o asfalto, usado para pavimentar cidades, é um derivado do petróleo conhecido como alcatrão. Não à toa, o petróleo também é conhecido popularmente como “ouro negro”.