Você sabia que, a cada minuto, o equivalente a um caminhão inteiro de lixo plástico é despejado no mar? Para ajudar a conservar as tartarugas marinhas, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) insiste na redução do consumo de plásticos de uso único e na proteção dos oceanos contra resíduos que ameaçam a vida desses animais.
De acordo com o Pnuma, pelo menos 43 países do mundo com uma ampla distribuição de tartarugas marinhas em seu território já registraram tartarugas marinhas envoltas em cordas de plástico, embalagens, cordas de balões e tiras de bebidas enlatadas. Cerca de mil tartarugas marinhas morrem a cada ano como resultado desse tipo de poluição, conclui o documento da ONU.
A data 16 de junho, que homenageia as tartarugas marinhas, tem o objetivo de alertar os perigos e as ameaças que esses animais correm, explica um artigo publicado pela Procuradoria Federal de Proteção Ambiental do governo mexicano (Profepa) do governo mexicano em junho de 2022.
Um dos alimentos favoritos da tartaruga verde de Galápagos (Chelonia mydas) é a água-viva, cujo movimento na água se assemelha ao de um saco plástico flutuando na superfície do mar. Se as tartarugas confundirem suas presas e ingerirem os detritos espalhados pela poluição humana, as consequências podem ser drásticas, informa o relatório do Pnuma Turtles: Victims of a fatal attraction to plastic (Tartarugas: Vítimas de uma atração fatal pelo plástico).
Dessa forma, a bolsa ingerida pelo animal interfere no processo digestivo: a tartaruga deixa de sentir fome e começa a se desnutrir, seu crescimento é interrompido e ela morre. O Pnuma afirma que, em 2015, 52% das tartarugas marinhas em todo o mundo teriam consumido plástico pelo menos uma vez em todo o seu ciclo de vida.
As tartarugas marinhas podem viver entre 150 e 200 anos, dependendo da espécie, de acordo com um artigo publicado pela National Geographic Espanha. Seus primeiros anos de vida, no entanto, são um mistério para aqueles que estudam o animal de perto. Neste período, elas viajam para as águas rasas dos mares por pelo menos 20 anos até encontrarem um novo lar com alimentos abundantes.
De acordo com a Profepa, no México as tartarugas marinhas são de grande importância ecológica como parte da cadeia alimentar de diferentes seres vivos, regulando populações abundantes de águas-vivas, plâncton, algas marinhas, caranguejos e pepinos do mar.
O recorde de maior distância percorrida por uma tartaruga marinha é de uma tartaruga-de-couro fêmea (Dermochelys coriacea) que, de acordo com o artigo da National Geographic Espanha, conseguiu nadar 20 900 quilômetros durante 647 dias, da Indonésia até os Estados Unidos.
Das sete espécies que compõem a família Dermochelyidae e Cheloniidae de tartarugas marinhas, seis estão listadas como Vulneráveis (VU), Ameaçadas (EN) e Criticamente Ameaçadas (CR) de acordo com a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).