Um estudo realizado pela Nasa ao longo de nove meses, a partir de 2022, lançará luz sobre a categorização e avaliação de dados de fenômenos anômalos não identificados (UAP, na sigla em inglês), conhecidos popularmente como ovnis. Uma reunião realizada nesta quarta-feira (31/5) debateu o estudo publicamente pela primeira vez.
Dentre vários especialistas, a equipe da Nasa contou com o apoio de Nadia Drake, jornalista e colaboradora da National Geographic especializada em espaço exterior.
"Estudar os UAPs nos permite compreender o mundo ao nosso redor, está em nosso DNA", expressou Daniel Evans, apresentador da reunião realizada pela Nasa nesta quarta-feira.
O termo UAP se refere a "observações de eventos no céu que não podem ser identificados, como aeronaves ou fenômenos naturais conhecidos do ponto de vista científico", explica a Nasa. É uma redefinição do termo ovni (objeto voador não identificado).
De acordo com os documentos apresentados pela agência norte-americana, as características mais comuns dos UAPs são representadas pelas seguintes tendências:
Essa base de dados apresentada é composta por mais de 650 casos coletados entre 1996 e 2023 pelos pesquisadores da Nasa. Foram utilizadas diversas fontes, como entidades civis governamentais e comerciais, conforme indicado pela administradora associada do Science Mission Directorate da Nasa, Nicola Fox.
Além disso, a cientista afirmou que todos os documentos relacionados aos UAPs são "material não-confidencial", o que permite à equipe se comunicar abertamente e avançar na compreensão desses fenômenos, tanto pela comunidade científica quanto pelo público em geral.
Durante a coletiva de imprensa desta quarta-feira, foi apresentado um estudo de uma observação realizada por um drone MQ-9 em 2022, no qual uma esfera metálica atravessa a região do Oriente Médio. De acordo com a Nasa, a esfera flutuante ainda é uma incógnita para os profissionais responsáveis pelo estudo e está em processo de investigação.
No entanto, essa esfera não "demonstrou capacidades técnicas enigmáticas e também não representou uma ameaça aparente para a segurança aérea que a observava", conclui o documento não-confidencial da agência norte-americana.