O Universo é infinito e não se sabe até onde ele vai, mas estima-se que ele exista há pelo menos 13 bilhões de anos. Mesmo com todas as incertezas, muito já foi descoberto sobre o espaço sideral.
Conheça alguns fatos curiosos para aprender mais sobre o que há além da atmosfera terrestre.
Tudo o que é possível observar no espaço já aconteceu, seja minutos atrás ou milhões de anos no passado. Isso acontece porque, de acordo com a teoria da relatividade do Einstein, nada viaja mais rápido que a luz, mas ela ainda precisa de tempo para percorrer longas distâncias como as que vemos no Universo, de acordo com a agência espacial norte-americana Nasa.
Ou seja, como a luz não chega a todos os lugares instantaneamente, quanto mais longe for sua origem, mais tempo ela demora para ser observável. Esse também é o motivo do porquê usamos “anos-luz” para medir distâncias no Universo.
Na prática, se um astrônomo vê uma estrela que está há 100 anos-luz da Terra explodir hoje, significa que o fato aconteceu há 100 anos porque a luz demorou todo esse tempo para alcançar o nosso planeta, como explica a Nasa.
Uma descoberta de 2014 identificou o que os cientistas chamaram de “rios de hidrogênio” no Universo. O achado foi publicado na revista Nature e pode explicar como algumas galáxias mantêm o seu ritmo de formação de estrelas.
O fenômeno se trata de fracos filamentos contínuos de gás hidrogênio que viajam pelo espaço intergaláctico, conhecido também como fluxos frios, e que teoricamente poderiam ser a fonte de alimentação da formação estelar.
Antes dessa descoberta, segundo o estudo publicado na Nature, procurava-se entender como galáxias produtivas, ou seja, que formam novas estrelas com frequência, não queimavam todo o gás com o qual nasceram ao longo de suas vidas, interrompendo repentinamente a formação estelar.
Em vez disso, o processo continua, sugerindo que algo fora das galáxias está fornecendo gás suficiente para se continuar criando mais estrelas. De acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA), esse fenômeno pode explicar como a maior galáxia conhecida pela humanidade, a UGC 2885, que tem um raio aproximado de 815 mil 391 anos-luz, alcançou seu tamanho.
A estrela mais antiga conhecida pela humanidade, carinhosamente apelidada de Matusalém, intriga os astrônomos porque, segundo medições feitas pelo Telescópio Espacial Hubble, ela pode ser mais velha do que o próprio Universo.
Descoberta no ano 2000 pela equipe do Hubble, composta por cientistas da Nasa e da ESA, a estrela HD 140283 (ou Matusalém), está localizada a mais de 190 anos-luz de distância da Terra e tem idade estimada de 14,5 bilhões de anos, com margem de erro para mais ou menos 800 milhões de anos.
Segundo a Nasa, as estimativas são que o Universo, formado pelo fenômeno do Big Bang, tem 13,7 bilhões de anos, com margem de erro de 200 milhões de anos. Ou seja, mesmo considerando os limites de incertezas, a estrela ainda seria mais antiga do que a própria explosão que teria dado origem a tudo.