A atmosfera da Terra é um fino véu de gás que envolve o planeta. Segundo a Nasa, embora ela se estenda apenas algumas centenas de quilômetros acima da superfície, a mistura de gases que a compõem, como oxigênio e nitrogênio, são essenciais para a existência da vida. Além dessa função vital, é por conta da atmosfera que o céu é azul.
A luz do Sol parece branca aos nossos olhos, mas ela é composta por todas cores do arco-íris, explica a agência espacial norte-americana. Quando essa luz atinge a atmosfera terrestre ela se dispersa em todas as direções pelos gases e partículas presentes no ar, o que faz com que algumas cores passem com mais facilidade do que outras, alterando a cor que enxergamos o céu.
Mas como isso acontece? Assim como a energia passa através do oceano, a energia luminosa também viaja em ondas, explica a Nasa. Algumas luzes viajam em ondas curtas e "agitadas", enquanto outras luzes viajam em ondas longas e suaves. A luz azul é uma das que viajam em ondas mais curtas e menores e, por isso, é dispersada com mais intensidade pela atmosfera. É por isso que vemos um céu azul na maior parte do tempo.
Ainda segundo a agência espacial, esse fenômeno também explica o céu colorido do fim do dia. Durante o pôr-do-sol, à medida que o Sol fica mais baixo no céu, sua luz precisa atravessar mais da atmosfera para chegar até os olhos humanos. Nesse momento, mais luz azul é dispersada, permitindo que os tons de vermelho e amarelo passem diretamente.
De acordo com a Nasa, não há um limite claro entre onde a atmosfera da Terra termina e o Espaço sideral começa. Segundo a agência, a maioria dos cientistas usa uma delimitação conhecida como linha de Kármán, localizada a 100 quilômetros acima da superfície da Terra, para denotar o ponto de transição. Isso porque 99,99997% da atmosfera da Terra está abaixo desse ponto.
No entanto, um estudo de fevereiro de 2019, que utilizou dados da sonda Solar and Heliospheric Observatory (SOHO), da Nasa, em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA), sugere que ela alcance ainda mais longe. Os pesquisadores identificaram partes mais distantes da atmosfera terrestre - uma nuvem de átomos de hidrogênio chamada geocorona – a quase 629 mil e 300 quilômetros no espaço, muito além da órbita da Lua.
O efeito estufa é um fenômeno natural pelo qual o calor é retido perto da superfície da Terra. Segundo a Nasa, isso só ocorre pela presença de “gases de efeito estufa” na atmosfera do planeta.
Esses gases retêm o calor como um cobertor enrolado em torno da Terra, mantendo o planeta mais aquecido do que seria sem eles, o que possibilita, por exemplo, o desenvolvimento de vida, diz a Nasa. Os gases de efeito estufa incluem dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e vapor de água.
Também segundo a agência espacial, o efeito de aquecimento pelo dióxido de carbono (CO2), por exemplo, ajuda a estabilizar a atmosfera da Terra. Sem esse gás, a superfície da Terra seria cerca de 33°C mais fria.
Apesar de essencial, no último século, os seres humanos têm interferido no equilíbrio do efeito estufa, principalmente por meio da queima de combustíveis fósseis que adicionam dióxido de carbono ao ar, fazendo com que as temperaturas globais subam.
A atmosfera é dividida em cinco camadas, desde a parte mais próxima à superfície, até seu limite com o Espaço Sideral. Mas não é necessário sair totalmente da atmosfera da Terra para se estar no “espaço”.
Segundo a Nasa, é na camada chamada de termosfera, localizada entre 80 e 700 quilômetros acima da superfície, que a Estação Espacial Internacional orbita, em uma altitude de 425 quilômetros. É lá que os astronautas conduzem estudos em baixa gravidade.
Além disso, é nessa camada da atmosfera que ocorrem as auroras boreais e austrais. O fenômeno, caracterizado por ondas de luzes noturnas no céu, é resultado da interação de partículas de ventos solares com o campo magnético e a atmosfera terrestre.
São os gases presentes na termosfera que geram as belas exibições de luz no céu, diz a Nasa. O oxigênio emite luz verde e vermelha, enquanto o nitrogênio brilha em azul e roxo.