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O Dia Mundial do Hipopótamo é comemorado em 15 de fevereiro com o objetivo de fazer as pessoas conhecerem mais sobre o mamífero e reforçar a importância da sua preservação, de acordo com a World Animal Protection (organização internacional dedicada aos direitos dos animais).
Esses curiosos animais despertam a atenção das pessoas e, aproveitando a data, National Geographic separou cinco curiosidades que você provavelmente não sabia sobre os hipopótamos.
No total, existem quatro espécies de hipopótamos – sendo que duas delas são consideradas extintas.
De acordo com a Lista Vermelha da União Internacional Para a Conservação da Natureza (IUCN), o hipopótamo-pigmeu (Choeropsis liberiensis) encontra-se ameaçado de extinção e com uma população decrescente. Atualmente, são cerca de 2 mil a 2 mil 499 indivíduos vivendo em regiões da África.
Em seguida na lista vem o hipopótamo-comum (Hippopotamus amphibius), que está em estado de vulnerabilidade (um grau a menos do que o hipopótamo-pigmeu na classificação da IUCN).
A espécie possui uma população estável que vai de 115 a 130 mil exemplares, os quais habitam regiões de rios, lagos, pântanos e a savana africana. Os últimos dados sobre essa população vêm de 2016.
Por fim, as duas espécies de hipopótamo consideradas extintas são o hipopótamo-anão-do-Chipre (Hippopotamus minor) e o hipopótamo-pigmeu-de-Madagascar (Hippopotamus madagascariensis). Ambos foram vítimas da caça ilegal, que acelerou a diminuição da espécie.
Esses animais produzem um “líquido azeitoso de coloração vermelha”, segundo explica a World Animal Protection, e que é parecido com sangue para proteger sua pele dos raios solares da África. Trata-se de um mecanismo que funciona como protetor solar natural.
De acordo com o artigo "Hipopótamos (Hippopotamus amphibius): a bomba de silício animal", publicado em maio de 2019 pela revista científica Science, o mamífero africano tem uma importância fundamental no ciclo biogeoquímico do silício.
Os hipopótamos transportam um total de 400 kg desse elemento químico, que está presente nas ervas das quais se alimentam. O silício, depois de ingerido, é “devolvido” à natureza por meio das fezes dos hipopótamos em terra firme ou na água.
Além disso, o tamanho do hipopótamo ajuda na criação de microhábitats para animais menores, de acordo com a World Animal Protection. Um exemplo está aqui: ao caminhar repetidamente sobre zonas de rios e lagos, o mamífero abre caminho entre galhos, pedras e entre outras barreiras para a passagem de peixes pequenos.
Apesar da aparência imponente, este ser vivo não é carnívoro como os leões, as hienas ou os guepardos.
Trata-se, na verdade, de um animal herbívoro. Ele se alimenta, em média, de 36 kg de plantas por dia, podendo andar até mesmo quilômetros em busca de comida.
O animal emite um ruído que pode ser escutado a mais de um quilômetro de distância, como informa a revista Science em um artigo chamado "Os hipopótamos reconhecem as vozes de seus amigos e inimigos em potencial", de janeiro de 2022.
Especialistas da revista fizeram uma pesquisa na Reserva Especial de Maputo, em Moçambique, para estudar a comunicação entre hipopótamos de uma mesma família ou que convivem em áreas próximas.
Os pesquisadores descobriram que o mamífero reconhece o chamado de um membro da família e se comunica com um ruído mais forte.
Quando um hipopótamo desconhecido faz contato, o animal responde com agressividade e delimita seu território ao defecar e espalhar as fezes ao seu redor com a ajuda da cauda.
