O primeiro antibiótico do mundo, que evitou milhões de mortes por infecções e doenças, foi descoberto acidentalmente em um laboratório na Inglaterra, em 1928. Quando saiu de férias, o bacteriologista Alexander Fleming deixou algumas placas com culturas de microrganismos em seu laboratório, em um hospital de Londres. Assim que voltou, reparou que uma das suas culturas de Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor e que em torno dele não havia mais bactérias.
Foi quando ele descobriu que esse fungo pertencia ao gênero Penicillium e produzia uma substância de efeito bactericida, que foi batizada de penicilina. Sua descoberta foi publicada em um estudo em 1929. No entanto, o cientista não tinha certeza se a penicilina teria algum uso prático, pois era muito difícil purificá-la e estabilizá-la.
Uma década depois, químicos da Universidade de Oxford leram o artigo de Fleming e assumiram a missão de transformar a penicilina em um medicamento viável. A substância foi testada pela primeira vez em um paciente em 1940, e seu uso generalizado começou em 1942. Hoje, a penicilina é o antibiótico mais usado no mundo.
A nitroglicerina foi inventada em 1847 pelo químico italiano Ascanio Sobrero, que combinou glicerol com ácidos nítrico e sulfúrico para produzir um composto explosivo. A substância era muito mais poderosa do que a pólvora e mais volátil. Em 1867, Alfred Nobel acidentalmente inventou a dinamite enquanto trabalhava em uma maneira de tornar a nitroglicerina mais segura de manusear.
Nobel patenteou a invenção e multiplicou sua fortuna ao comercializar a dinamite. Enquanto isso, Sobrero nunca teve a intenção que a nitroglicerina fosse usada para matar. “Quando penso em todas as vítimas mortas durante as explosões de nitroglicerina e no terrível estrago que foi causado, que com toda probabilidade continuará a ocorrer no futuro, quase me envergonho de admitir que sou seu descobridor", afirmou.
Nobel é mais lembrado atualmente pelo prêmio homônimo que ele criou, que reconhece contribuições humanitárias em vários campos da ciência. Acredita-se que ele tenha criado a premiação como forma de limpar sua reputação como inventor e fabricante de um dispositivo tão letal.
Charles Darwin considerava o fogo a conquista humana mais significativa depois da linguagem. Mas, até a primeira metade do século XIX, a criação de chamas era algo lento e trabalhoso. A invenção dos fósforos de fricção, na década de 1820, facilitou o processo de modo revolucionário.
Em 1826, o farmacêutico inglês John Walker descobriu por acidente que se colocasse sulfeto de antimônio, clorato de potássio, cola e amido na ponta de um palito de madeira, ele poderia ser aceso por atrito em qualquer superfície áspera. No ano seguinte, ele passou a vender o produto em sua farmácia.
Embora a invenção de Walker tenha se tornado popular instantaneamente, ele optou por não patenteá-la. Como resultado, outros copiaram seu projeto e começaram a vender suas próprias versões, eclipsando seu papel de inventor. Apenas muito depois de sua morte, em 1859, é que ele foi reconhecido como o criador dos palitos de fósforo.