Segundo a ONU, a redução gradual do uso dessas substâncias levou à "recuperação notável" da camada protetora de ozônio na estratosfera superior e à diminuição da exposição humana aos raios ultravioleta (UV) nocivos do Sol. “O impacto que o Protocolo de Montreal teve na mitigação da mudança climática não pode ser exagerado”, disse Meg Seki, secretária executiva do Secretariado de Ozônio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
A descoberta de um buraco na camada de ozônio foi anunciada pela primeira vez por três cientistas do British Antarctic Survey em maio de 1985. De acordo com o relatório da ONU, se as políticas atuais permanecerem em vigor, espera-se que a camada recupere os valores de 1980 até 2040. Na Antártida, essa recuperação é esperada por volta de 2066 e em 2045 no Ártico.
O relatório da ONU aponta que o Protocolo de Montreal já beneficiou os esforços para mitigar as mudanças climáticas, ajudando a evitar o aquecimento global em cerca de 0,5°C. "Nosso sucesso na eliminação gradual de produtos químicos que destroem o ozônio nos mostra o que pode e deve ser feito – com urgência – para abandonar os combustíveis fósseis, reduzir os gases de efeito estufa e assim limitar o aumento da temperatura”, disse Petteri Taalas Secretário-Geral da Organização Meteorológica Mundial, órgão da ONU.