O estudo, assinado por David Rounce, da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, foi publicado na revista Science. Segundo o pesquisador, mesmo no melhor cenário possível de baixas emissões, no qual o aumento da temperatura média global fica limitado a 1,5° C em relação aos níveis pré-industriais, quase 50% das geleiras desapareceriam. Porém, se o aquecimento global continuar no cenário atual de 2,7°C de aquecimento, as perdas seriam mais significativas, com 68% das geleiras desaparecendo.
De acordo com os cálculos de Rounce, se os aumentos de temperatura ficarem limitados a 1,5°C de aquecimento, o nível médio do mar aumentaria em 90 mm até 2100. Mas, com 2,7°C de aquecimento, o derretimento glacial levaria a cerca de 115 mm de aumento do nível do mar. Esses cenários são até 23% superiores aos que os modelos anteriores previam.
“A perda dessas geleiras, especialmente em horizontes de tempo que estão dentro de nossa vida ou na vida de nossos filhos, é realmente perturbadora”, disse Rounce. O pesquisador espera que seu estudo estimule os formuladores de políticas climáticas a reduzir as metas de mudança de temperatura além dos 2,7 °C atuais.