“Anteriormente, pensávamos que os planetas que são um pouco maiores que a Terra eram grandes bolas de metal e pedra, como versões ampliadas da Terra, e por isso os chamamos superterras”, explicou o pesquisador Björn Benneke. “No entanto, agora demonstramos que esses dois planetas, Kepler-138c e d, são de natureza bastante diferente: uma grande fração de seu volume total é provavelmente composta de água. É a primeira vez que observamos planetas que podem ser identificados com confiança como mundos aquáticos”, adicionou o especialista.
A água não foi detectada diretamente, mas comparando os tamanhos e massas dos planetas com modelos, os cientistas concluíram que uma fração significativa de seu volume (até a metade) deveria ser composta de materiais mais leves que a rocha, mas mais pesados que água, hidrogênio ou hélio (que compõem a maioria dos planetas gigantes gasosos como Júpiter). O mais comum dos materiais candidatos a preencher esses requisitos é a água.
Os cientistas também se surpreenderam ao descobrir que os dois mundos de água são planetas “gêmeos”, e confirmaram que o planeta mais próximo à estrela, Kepler-138b, tem uma massa equivalente à de Marte, o que o torna um dos menores exoplanetas que se conhece. Eles também descobriram um quarto planeta nesse sistema, o Kepler-138e, de tamanho pequeno, e situado mais longe de sua estrela que os outros três, dentro da área habitável.