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Ciência

Nasa apresenta novas imagens do telescópio James Webb

Tecnologia utiliza o espectro infravermelho para suas observações e é cerca de 100 vezes mais sensível do que o Telescópio Espacial Hubble

Publicada em 12/07/22 às 16:45h - 140 visualizações

por Kativa FM \\ CNN Brasil.


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Nebulosa Carina — Chamado de Penhascos Cósmicos, a imagem aparentemente tridimensional de Webb parece montanhas escarpadas em uma noite enluarada NASA, ESA, CSA, STScI, and The E  (Foto: Kativa FM \\ CNN Brasil.)

A NASA divulgou nesta terça-feira (12) o novo lote de imagens do telescópio Espacial James Webb.

As fotos mostram como as câmeras do Webb podem observar através da poeira cósmica, abrindo caminho para que os astrônomos entendam como as estrelas se formam e mostrando mais detalhes sobre buracos negros.

De acordo com a agência espacial norte-americana, os novos dados contêm detalhes “nunca vistos antes”.

O James Webb é o principal observatório de ciência espacial do mundo e é um programa internacional liderado pela Nasa em parceria com ESA (Agência Espacial Europeia) e a CSA (Agência Espacial Canadense).

Nebulosa Carina

Uma das capturas foram feitas em uma região de uma estrela chamada NGC 3324, na Nebulosa Carina. A área é conhecida como “Penhascos Cósmicos” e parece montanhas.

A Nasa explica que a borda da gigantesca cavidade gasosa dentro da estrela, e os “picos” mais altos nesta imagem têm cerca de sete anos-luz de altura.

“A área cavernosa foi esculpida na nebulosa pela intensa radiação ultravioleta e ventos estelares de estrelas jovens extremamente massivas, quentes e localizadas no centro da bolha, acima da área mostrada nesta imagem”, escreveram.

Quinteto de Stephan

A imagem das cinco galáxias, chamadas do Quinteto de Stephan, ou Hickson Compact Group 92 (HCG 92),  é a maior imagem do Webb até agora, disse a Nasa.

A foto cobre cerca de um quinto do diâmetro da Lua. Ela contém mais de 150 milhões de pixels e é construída a partir de quase 1.000 arquivos de imagem separadas.

Segundo a agência espacial, as informações do telescópio fornecem novos insights sobre como as interações galácticas podem ter impulsionado a evolução das galáxias no início do universo.

Embora seja chamado de “quinteto”, apenas quatro das galáxias estão realmente próximas umas das outras e envolvidas em uma “dança cósmica”.

A quinta galáxia, que mais à esquerda, é chamada NGC 7320 e bem em primeiro plano em comparação com as outras quatro.

Ela está localizada a 40 milhões de anos-luz da Terra, enquanto as outras quatro galáxias (NGC 7317, NGC 7318A, NGC 7318B e NGC 7319) estão a cerca de 290 milhões de anos-luz de distância.

A Nasa explica que a distância ainda é bastante próximo em termos cósmicos, em comparação com galáxias mais distantes a bilhões de anos-luz de nós.

“Estudar galáxias relativamente próximas como essas ajuda os cientistas a entender melhor as estruturas vistas em um universo muito mais distante”, escreveram.

Nebulosa do Anel Sul

A estrela NGC 3132, e conhecida informalmente como Nebulosa do Anel Sul, está a aproximadamente 2.500 anos-luz de distância da Terra.

Para fazer a foto foram necessárias duas câmeras a bordo do James Webb.

Nesta nebulosa planetária,  estrela mais escura no centro tem enviado anéis de gás e poeira por milhares de anos em todas as direções.

Primeira imagem

Na segunda (11), a Nasa mostrou a primeira imagem colorida do telescópio James Webb. A divulgação da fotografia foi feita pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Biden apresenta a primeira imagem colorida do telescópio James Webb / (NASA/Bill Ingalls)

Na semana passada, a Nasa publicou uma lista dos cinco objetos celestes escolhidos para a estreia do Webb. Entre elas estão duas nebulosas — enormes nuvens de gás e poeira lançadas no espaço por explosões estelares que formam berçários para novas estrelas — e dois conjuntos de aglomerados de galáxias.

O Webb, utiliza, principalmente o espectro infravermelho para suas observações e é cerca de 100 vezes mais sensível do que o Telescópio Espacial Hubble — que está orbitando a Terra a 547 quilômetros de distância e opera principalmente nas áreas óptica e ultravioleta.




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