O jornalista, apresentador e locutor Cid Moreira morreu, aos 97 anos, às 8h desta quarta-feira (3). Ele tratava de uma pneumonia no Hospital Santa Teresa de Petrópolis, no Rio de Janeiro e teve como causa de óbito uma insuficiência renal crônica agudizada, distúrbio eletrolítico e falência múltipla de órgãos.. As informações foram divulgadas pela TV Globo e confirmadas pelo SBT por meio da unidade hospitalar.
O ex-âncora do Jornal Nacional, por 26 anos, desde a estreia do programa, em 1969, comemorou o aniversário na última sexta-feira (27). Segundo o Memória Globo, Cid deu mais de oito mil "boa noite" ao público, na apresentação.
Além disso, dono de uma voz potente e única na memória dos brasileiros, ele ficou marcado pelos bordões "Mister M" e "Jabulani", que era a bola da Copa do Mundo de 2010.
O jornalista também fez reportagens especiais para o programa Fantástico.
Cid Moreira nasceu em 27 de setembro, em Taubaté, interior de São Paulo e se formou em contabilidade, em 1944. Admirado por fazer imitações, ele foi levado por um amigo para fazer um teste de locução, quando passou a trabalhar na Rádio Bandeirantes e na Propago Publicidade, em 1949, na capital paulista.
Dois anos depois, o jornalista retornou para o Rio de Janeiro após ser contratado por uma rádio. Somente em 1956 que as primeiras experiências na televisão foram acontecer, apresentando os programas Além da Imaginação e Noite de Gala.
A estreia como locutor ocorreu na TV Rio, em 1963, na equipe do Jornal Vanguarda, passando, em seguida, pela Tupi, Globo, Excelsior e Continental.
Em 1969, Cid voltou a trabalhar na TV Globo para o 'Jornal da Globo' e, em setembro do mesmo ano, passou a fazer parte da equipe do Jornal Nacional, que estreou na apresentação dividindo a bancada com Hilton Gomes.
No ano de 1971, Hilton deu lugar a Sérgio Chapelin, jornalista que dividiu o telejornal com Cid por mais de dez anos.
Em 1996, durante a reformulação do Jornal Nacional, Cid e Chapelin abriram espaço da bancada para a nova dupla composta por William Bonner e Lillian Witte Fibe.
A partir disso, o jornalista passou a se dedicar em editoriais da emissora, locuções especiais e no revezamento de apresentações do Fantastico, quando narrou o quadro do ilusionista MR. M.
Nos últimos momento da carreira, o 'Cidão', como era conhecido para os amigos, criou um canal próprio nas redes sociais e se tornou influenciador.