O estado do Amazonas registrou o pior número de queimadas para o mês de agosto dos últimos 26 anos, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Ao todo, foram contabilizados 10.328 focos de incêndio no período, o maior número desde 1998 (320 focos), quando a instituição iniciou o monitoramento.
Até então, o recorde para agosto era o ano de 2021, com 8.588 focos de incêndio. Já em 2023, foram contabilizados 5.474 focos de calor, metade do registrado deste ano.
Em meio ao cenário, o governo do Amazonas declarou situação de emergência e situação de emergência em saúde pública em todos os 62 municípios do estado. Além da seca, que deixa as florestas ainda mais vulneráveis às queimadas, a Defesa Civil apontou para incêndios criminosos, provocados, sobretudo, por pecuaristas.
De junho até agosto, mais de 11 mil focos de incêndio foram combatidos pelo Corpo de Bombeiros do Amazonas. Para ampliar o número, o governo decidiu antecipar a contratação de 85 brigadistas, que já devem começar a atuar no reforço ao trabalho das equipes estaduais de combate às queimadas a partir desta segunda-feira (2).
A segurança também foi reforçada. Entre 30 de abril ao dia 27 de agosto foram registradas 168 prisões e detenções pela prática de crimes ambientais em todo o estado. No mesmo período, mais de R$ 91 milhões foram aplicados em multas, além de 148 embargos, totalizando mais de 16.989.691,90 hectares e 30 termos de apreensão.