O Pantanal é um bioma que ocupa não só o Brasil, mas outros países da América do Sul como Paraguai e Bolívia, em um total de mais de 150 mil km². Esta enorme área, que deveria estar protegida por suas características particulares, como ser uma das maiores planícies úmidas do planeta, tem fauna e flora únicas, como explica o site do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima do governo federal do Brasil.
Em terras brasileiras, apenas 4,6% do Pantanal encontram-se protegidos por unidades de conservação, sendo que 2,9% desse total correspondem a áreas de proteção integral, e outros 1,7% estão liberados para serem usados “de maneira sustentável”, detalha a fonte oficial.
Essa planície pluvial depende dos rios que saem da bacia do Alto Paraguai, bem como da umidade que vem dos rios voadores da Amazônia. Por isso, trata-se de uma região que já vem sendo bastante afetada pelas mudanças climáticas e por queimadas descontroladas, grande parte provocadas por atividade humana, como detalha o artigo do Ministério do Meio Ambiente.
As queimadas no Pantanal vêm aumentando nos últimos anos. Em 2024, no entanto, o fogo começou antes da chamada "estação seca", que é quando para de chover na região e diversas partes do bioma pantaneiro estão em perigo.
Toda essa situação gera impactos enormes na biodiversidade do Pantanal e ameaça diretamente os animais típicos da região. Estudos já catalogaram um enorme número de espécies dos mais diversos gêneros na fauna e na flora. “Quase 2 mil espécies de plantas já foram identificadas no bioma e classificadas de acordo com seu potencial – e algumas apresentam vigoroso potencial medicinal”, detalha o site da Embrapa Pantanal, banco de informações governamental com dados climáticos da região.
Já em relação aos animais, dados publicados pelo Ministério do Meio Ambiente indicam que as espécies catalogadas seriam: 263 espécies de peixes, 41 espécies de anfíbios, 113 espécies de répteis, 463 espécies de aves e 132 espécies de mamíferos sendo 2 endêmicas – ou seja, que são nativos somente da região do Pantanal.
Uma serpente morta por conta de um dos muitos incêndios florestais que já atingiram o Pantanal.
Conforme o MapBiomas (rede multi-institucional que reúne universidades, instituições e empresas de tecnologia), o número de focos de incêndios no Pantanal em 2024 já supera o registrado no mesmo período de 2020, que foi o ano recorde de queimadas em todo o bioma e que afetou mais de 65 milhões de animais vertebrados da região, entre répteis, anfíbios, mamíferos e aves.
De acordo com uma lista formulada pela Universidade Mackenzie, localizada em São Paulo, que coincide com outra listagem elaborada pelo Instituto SOS Pantanal, os animais mais ameaçados pelas queimadas no Pantanal, são: