A taxa de desemprego subiu para 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024. O resultado representa um avanço de 0,3 ponto percentual. Na comparação com o mesmo período de 2023, a taxa de desocupação recuou 0,8 ponto percentual.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quinta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa do mercado financeiro era de uma taxa de 7,6%.
Segundo a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o aumento da taxa de desemprego está associado as pessoas que não estavam procurando vagas em dezembro e voltaram a buscar uma ocupação nos primeiros meses do ano.
"Essa alta está associada ao retorno de pessoas que, eventualmente, tinham interrompido a sua busca por trabalho em dezembro e voltaram a procurar uma ocupação nos meses iniciais do ano seguinte", disse Beringuy, em nota.
Com esse fenômeno, o número de pessoas em busca de trabalho chegou a 8,5 milhões de pessoas, com alta de 4,1% na comparação trimestral, o que equivale a mais 332 mil pessoas buscando uma ocupação.
Esse foi o primeiro aumento desse contingente desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2023. Mesmo crescendo, o número de desocupados ainda ficou 7,5% abaixo do que fora registrado no mesmo trimestre móvel de 2023 (9,2 milhões de pessoas).
O número de pessoas que estavam trabalhando no país se manteve nos 100,2 milhões, sem apresentar variação estatisticamente significativa na comparação trimestral. Além disso, essa população ocupada está 2,2% acima do contingente registrado no mesmo trimestre móvel do ano passado (99,1 milhões de trabalhadores).