Calculado pela ONU desde 1990, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) mede a qualidade de vida nos diferentes países por três critérios: renda, saúde e educação. Seu objetivo é avaliar o bem-estar para além das métricas puramente econômicas, como o Produto Interno Bruto (PIB).
O Brasil deu um salto desde 1990, saindo de um IDH de 0,61 para 0,76 em 2022 (último dado disponível). Quanto mais perto de 1, melhores são as condições de vida da população.
No governo Jair Bolsonaro, o índice recuou, tendência observada em todo o mundo como resultado dos efeitos da pandemia de Covid. O IDH do Brasil saiu de 0,764 em 2018 para 0,760 no último ano da gestão Bolsonaro. Em 2019, antes da pandemia do coronavírus, era de 0,766.
Foi resultado direto de uma piora na expectativa de vida, que recuou de 75,3 anos em 2019 para 72,8 anos em 2021. No ano seguinte, houve ligeira melhora na longevidade da população, para 73,4 anos, ainda abaixo do nível da pré-pandemia.
Nos anos anteriores, os avanços foram maiores em indicadores diferentes nos governos. Nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, entre 1995 e 2002, o IDH avançou muito ancorado pela educação.
Com o aumento da frequência escolar diante da maior oferta de vagas para o ensino fundamental, o quesito educação fez o IDH brasileiro subir. O indicador de anos de estudo esperados para as crianças saiu de 13,2 anos para 14,7 anos. Atualmente, a educação básica está praticamente universalizada.
Os dois governos Lula foram marcados pelo aumento da renda, que subiu 26,17% de 2002 a 2010. Já nos dois mandatos de Dilma Rousseff, entre 2011 e meados de 2016, com a recessão em 2015 e 2016, a renda caiu. Mas na educação, houve melhorias, com os anos esperados de estudo subindo de 13,9 para 15,4 anos.