Globalmente, os ecossistemas florestais desempenham um papel importante na biodiversidade, da qual as florestas são uma das mais importantes. Conforme definido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), o desmatamento é a conversão de florestas em outros usos da terra, que podem ou não ser causados pela atividade humana.
Essa definição também inclui florestas que foram usadas para agricultura, mineração, pastagens, áreas urbanas, entre outras.
As florestas cobrem 31% da superfície terrestre do planeta, de acordo com o relatório "State of the World's Forests 2020", realizado pela FAO em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o Centro Mundial de Monitoramento da Conservação do PNUMA.
A FAO também observa que mais da metade das florestas do mundo está em países como Brasil, Estados Unidos, Canadá, Rússia e China.
O mesmo relatório da FAO afirma que a principal razão pela qual o desmatamento existe e ocorre, e em grande escala, é a agricultura comercial, que causou 40% do desmatamento tropical entre 2000 e 2010. Além disso, a agricultura de subsistência local foi responsável por 33%.
Embora metade da área florestal tenha permanecido inalterada pela atividade humana, estima-se que 420 milhões de hectares de floresta tenham sido perdidos desde 1990, com as florestas primárias em todo o mundo diminuindo em aproximadamente 80 milhões de hectares.
Durante o período de 2015 a 2020, foi avaliado, globalmente, uma taxa de desmatamento estimada em 10 milhões de hectares por ano, segundo o documento da FAO.
Quando o assunto é especificamente quanto se desmatou da floresta amazônica, dados informam que a maior perda recente se concentra em Brasil, Peru e Colômbia. Vale lembrar que a floresta amazônica ocupa quase 40% da América do Sul, estando presente em São eles Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.
A estimativa foi feita pela pelo Projeto de Monitoramento da Amazônia Andina (Maap, na sigla em inglês), desenvolvido pela associação internacional Amazon Conservation Association (ACA), e divulgado no relatório “Ponto de Inflexão na Amazônia – Onde estamos?”, de setembro de 2022.
Entre os nove países que abrigam o bioma amazônico, o Brasil foi o que mais registrou perda de floresta: foram 69,5 milhões de hectares desmatados até 2021, o equivalente a cerca de 30% do total perdido.