No caso brasileiro, a ideia é que o Salão do Automóvel de São Paulo tenha uma pegada mais de tecnologia, assim como o Salão de Detroit tenta ser. Outro ponto de debate é o local. O evento até chegou a ser anunciado para este ano de 2023 no Autódromo de Interlagos, mas foi cancelado devido ao recuo de diversas montadoras em participar, ainda como reflexo da pandemia de covid-19 e a falta de semicondutores.
Com confirmação do espaço como o local oficial de grandes festivais de música, como Lollapalooza, Primavera Sound, e o The Town, além da própria Formula 1, a adaptação do local e a agenda poderiam dificultar a montagem. A Anfavea estuda outras possibilidades, mas ainda sem nada fechado.
Ao passar pelos corredores do Salão de Detroit 2023, é clara a percepção de que a eletrificação chegou para ficar. O assunto está no topo das conversas de todas as montadoras. A Ford -- a maior expositora -- levou diversos lançamentos sendo o mais icônico uma nova versão da F-150 Lightning 100% elétrica. A picape ainda não tem previsão de chegar ao Brasil, e faz enorme sucesso nos Estados Unidos, principalmente com novos consumidores.
Além da novidade para o mercado americano, a Ford anunciou a chegada do Mustang Mach-E 100% elétrico no mercado brasileiro a partir de outubro. É o primeiro eletrificado da marca que chega ao país, segundo uma estratégia global rumo a um futuro tecnológico. "Cada um dos produtos de tecnologia e carros elétricos que lançamos é uma mudança de jogo, trazendo algo que nunca existiu no mundo", diz Darren Palmer, vice-presidente global de programas de veículos elétricos da Ford.