A polícia civil do Maranhão investiga a morte da esteticista Erinalva de Jesus Dias, de 37 anos, após ser submetida a uma cirurgia realizada por um enfermeiro, que não teve o nome divulgado. A vítima morreu na última sexta-feira (2), dois dias depois de passar pelo procedimento.
A polícia civil do Maranhão informou que a paciente deu entrada no Hospital Municipal de Lago dos Rodrigues, no dia 31 de maio, para passar por uma abdominoplastia, cirurgia plástica para remoção de gordura abdominal.
Informações preliminares indicam que a operação foi realizada por um enfermeiro não habilitado para este procedimento.
Durante a cirurgia, Erinalva passou mal e precisou ser transferida para a UTI do Hospital Regional de Bacabal, onde morreu na sexta-feira (02).
A sobrinha da vítima, Yraiane de Jesus, contou à CNN que sua tia se preparava para esta operação desde março deste ano. Ela teria relatado a parentes próximos que o procedimento seria realizado por um médico, que se apresentou como Alberto Rodrigues.
Ainda segundo familiares, a paciente não teria conhecimento de que o profissional era um enfermeiro. Yraiane conta que a tia pagou R$ 5 mil pela abdominoplastia.
A polícia civil deve ouvir, nos próximos dias, o enfermeiro responsável pelo procedimento e outros funcionários do Hospital de Lago dos Rodrigues para apurar a dinâmica e circunstâncias do ocorrido.
Em nota, a direção do hospital lamentou o episódio e disse que instaurou um procedimento administrativo para apurar os fatos, que não tiveram envolvimento da equipe de profissionais que estava de plantão.
Na semana passada, parentes e amigos da vítima protestaram em frente à delegacia que investiga o caso / Yraiane de Jesus/arquivo pessoal
O Conselho Regional de Enfermagem do Maranhão já tomou conhecimento dos fatos e disse que irá tomar as devidas providências administrativas.
O corpo da esteticista foi sepultado no último sábado (03), na cidade de Largo da Pedra. Na semana passada, parentes e amigos da vítima protestaram em frente à delegacia que investiga o caso. Eles levaram cartazes que pediam justiça por Erinalva.