O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visita, nesta segunda-feira (20), áreas afetadas pelas fortes chuvas que atingiram cidades do litoral de São Paulo no fim de semana.
Temporais provocaram alagamentos, estragos e deixaram mais de 30 vítimas no litoral paulista. De acordo com o governo do estado, 228 pessoas estão desalojadas e 338 permanecem desabrigadas.
No domingo (19), o governo federal determinou uma mobilização de vários ministérios para auxiliar o município de São Sebastião, um dos mais afetados pelos temporais, e o estado de São Paulo nas ações emergenciais de assistência às vítimas, de suporte de infraestrutura e de reconstrução da região.
A visita também contará com a presença dos ministros de Portos e Aeroportos, Márcio França; de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff.
O município de São Sebastião, que registrou ao menos 35 mortes, teve 627 milímetros de chuvas em 24 horas. Cidades como Ubatuba (335 mm), Caraguatatuba (234 mm), Ilhabela (337 mm), Guarujá (394 mm) e Bertioga (quase 700 mm) também foram atingidos pelas fortes precipitações. As informações são da Defesa Civil Estadual de São Paulo (veja os .
Em entrevista à CNN, o pesquisador Pedro Camarinha, do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), disse que o volume e a abrangência dos temporais impressionaram. “Não somente esse volume grandioso, mas a abrangência, que foi forte desde a Baixada Santista até mais ou menos o limite com o Rio de Janeiro”, disse.
Como comparativo, ele citou a chuva em Petrópolis (RJ) em fevereiro de 2022, que deixou mais de 240 mortos. “As pessoas vão lembrar de Petrópolis. Naquele desastre, choveu cerca de 250 mm em duas horas. Claro que a intensidade conta também.
De acordo com o Cemaden, ainda há riscos de deslizamentos devido ao encharcamento do solo.
“É importante mencionar que mesmo sem chuva ainda há riscos de deslizamentos em muitas dessas encostas por que o volume de chuva realmente foi muito alto, então mesmo com chuva fraca ou ausência de chuva novos deslizamentos devem acontecer. Obviamente, não na mesma magnitude, não na mesma quantidade, mas ainda requer muita atenção”, disse Camarinha.
Para prestar auxílio às cidades afetadas, quatro membros do Grupo de Apoio a Desastres (Gade), chegam à região entre domingo e segunda-feira para atuarem na coordenação das ações de socorro e resposta à população afetada. De acordo com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, a equipe permanecerá no litoral de São Paulo o tempo que for necessário. Além disso, aeronaves da Polícia Rodoviária Federal (PRF) também auxiliarão nos trabalhos de resposta.