Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou ao Metrópoles que o HCN só teve conhecimento do caso na manhã desta quarta-feira (30/11). De acordo com a pasta, o responsável pelo atestado equivocado acabou sendo afastado do cargo. “O médico foi imediatamente afastado e uma sindicância instaurada para apurar o ocorrido”.
Segundo a SES-GO, o diretor técnico do HCN foi para Rialma, cidade do paciente que está em tratamento paliativo oncológico na unidade de saúde, para prestar assistência ao mesmo e aos familiares. A pasta lamentou o ocorrido.
A irmã de José, Aparecida Ribeiro da Silva, recebeu a notícia da morte do paciente por volta das 20h. Ela foi até o hospital, onde encontrou o médico e a assistente. Na ocasião, sem saber que o irmão estava vivo, ela fez os procedimentos para a liberação do corpo.
De acordo com a irmã, José foi colocado dentro de um saco usado para remoção de pessoas mortas e levado pela funerária para Rialma, cidade natal da família, que fica a cerca de 100 km de distância de Uruaçu. Já no estabelecimento, para que o corpo fosse preparado para o velório e sepultamento, os funcionários perceberam que ele estava vivo, com olhos abertos e respirando com dificuldade.
“O funcionário da funerária me ligou desesperado pedindo para que eu fosse lá, que meu irmão estava vivo”, disse a Aparecida ao portal G1. “É inacreditável o que aconteceu, meu irmão passou cinco horas em um saco plástico, gelado. Foi horrível, é inadmissível uma situação dessas”, reforçou ela.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou que o paciente estava vivo. O idoso foi encaminhado para o Hospital de Rialma. A irmã de José registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.
Fonte: Metrópoles.