Homens, idosos, aposentados e pensionistas. Essa parcela da população é a que tem maior risco de adoecer e morrer por causa de tétano. É o que revela o último Boletim Epidemiológico publicado nesta semana, pelo Ministério da Saúde.
Este ano já foram confirmados 121 casos de tétano, do tipo acidental, doença infecciosa, normalmente causada por meio de ferimentos e provocada por uma bactéria que afeta o sistema nervoso. A quantidade de registros deste ano é estável em relação aos quatro anos anteriores, quando foram confirmados 767 casos. O acometimento da doença é preocupante, já que cerca de um terço dos pacientes morreram.
Cerca de 77% dos infectados são homens na faixa etária entre 40 e 79 anos. De acordo com o Ministério da Saúde, a principal razão para incidência de tétano nessa população pode ser a suscetibilidade para acidentes, por causa da redução de reflexos, piora na habilidade motora, na visão e redução da imunidade. Além de aposentados e pensionistas, agricultores e pedreiros também fazem parte do maior percentual de casos.
A situação vacinal também tem sido um problema, já que metade dos pacientes não souberam informar se já haviam recebido a vacina contra tétano. E 25% afirmaram que nunca haviam sido imunizados. Rio de Janeiro, Maranhão e Pará são os estados com menor cobertura vacinal. Já Rondônia, Mato Grosso e Acre apresentam as maiores incidências de casos, mais que o dobro da média nacional.
De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, com o envelhecimento da população será necessária a ampliação de estratégias para educação e vacinação contra tétano, principalmente, entre os homens.
Fonte: Agencia Brasil.