Os afogamentos em praias, piscinas, rios e represas são a causa de 5.700 mortes por ano no Brasil. Crianças e jovens do sexo masculino são as principais vítimas. Na faixa entre 15 e 21 anos, o número de mortes é 17 vezes maior do que o de mulheres. Esses dados fazem parte do balanço divulgado pela Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), no primeiro semestre de 2022.
O levantamento revelou também que, até 2020, os afogamentos eram a segunda causa de morte entre crianças de um a quatro anos de idade; mas, de lá pra cá, tornou-se a primeira. E mais da metade das mortes por afogamento de crianças de um a nove anos acontece em piscinas.
Por causa dessa realidade, que é semelhante em vários países do continente, acontece, a partir de hoje (14) até o dia 20 de novembro, a Semana Latino-Americana de Prevenção ao Afogamento.
O secretário-geral da Sobrasa, David Szpilman, explica que nesse encontro estão planejadas ações digitais e presenciais, com o objetivo de levar informações para 40 milhões de pessoas em 13 países.
As ações ocorrem pouco mais de um mês antes do verão. A estação mais quente do ano é quando os afogamentos são mais recorrentes: 45% do total de casos ocorrem entre dezembro e março.
Entre as medidas para dar mais segurança às piscinas estão o isolamento com cerca, e a instalação de dois ralos com tampas anti-sucção, para evitar que partes do corpo ou do cabelo fiquem presas. O secretário-geral da Sobrasa, David Szpilman, enfatiza a importância de manter a atenção nas crianças.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o problema do afogamento é global e mata mais de 230 mil pessoas por ano no mundo. Entretanto, 90% dessas mortes mundiais ocorrem em países de baixa e média renda - justamente onde há menos recursos para as ações de prevenção.