Existem diferenças na distribuição dos estágios de sono ao longo da vida. Segundo a Associação Brasileira do Sono, a duração do sono noturno depende de diversos fatores, sendo que o controle voluntário está entre os mais significativos nos humanos, o que torna difícil a caracterização de um padrão normal.
A duração do sono também depende de determinantes genéticos e processos associados ao ritmo circadiano. Alguns indivíduos relatam que precisam normalmente de menos de cinco horas de sono por noite para se sentirem bem. Outros apontam a necessidade de mais de nove ou 10 horas para a sensação de bem-estar no dia seguinte.
“Existe, em primeiro lugar, uma variabilidade muito grande em relação à faixa etária, por exemplo, um bebê fica 18 horas dormindo e a criança dorme 10, 12, 14 horas. O adolescente precisa dormir muito, esses são os mais arriscados a ter restrição de horas de sono. Já o adulto, na média, precisa dormir pelo menos 6 horas. Dormidores longos precisam de 7 a 8 horas e tem gente que precisa de menos que 6 horas”, diz Lorenzi Filho.
O neurocientista Sidarta Ribeiro, professor do Instituto do Cérebro da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), explica o que há por trás dos sonhos durante a noite.
“Nós vivemos numa sociedade em que o sono e o sonho estão em risco. Os sonhos são uma expressão dos nossos desejos e dos nossos medos. Eles são um mecanismo muito antigo, que tenta dar uma resposta para o futuro. Então, eu não sei o que vai acontecer, mas eu tenho experiência do passado”, diz.
“Os sonhos permitem recombinar memórias e criar cenários de possíveis futuros. A gente pode afirmar que, na história humana, os sonhos foram fundamentais para a Gênese da cultura, para produção de novas ideias, e para o acúmulo cultura”, completa.
Fonte: CNN Brasil.