Já imaginou nunca sentir dor?
Embora pareça algo bom, o quadro é extremamente perigoso, pois impossibilita a pessoa de perceber outras doenças.
Um infarto, uma gastrite ou uma infecção de ouvido, por exemplo, são sinalizados pela dor.
Mas quem tem analgesia congênita é incapaz de sentir, mesmo quando ocorre uma lesão grave.
A pessoa ter febre por infecções não tratadas ou sofrer fraturas ou luxações com mais facilidade.
A doença é rara, de causas não totalmente conhecidas, e geralmente é percebida na infância.
Ela está relacionada com a genética e o que se sabe é que os neurônios sensitivos e motor não se desenvolveram totalmente.
Pesquisadores do Instituto de Química da Universidade de São Paulo acreditam que a analgesia congênita pode ajudar no desenvolvimento de novos analgésicos.
Eles identificaram proteínas modificadas nos pacientes, que impedem a transmissão do impulso doloroso.
O achado serviu de base para o desenvolvimento de uma biomolécula que apresentou efeito analgésico ao ser testada em um animal com dor.
Com o estudo, os pesquisadores pretendem conseguir modificar a forma como os impulsos dolorosos entram no sistema nervoso, em pacientes que sofrem de doenças como a dor crônica.
A expectativa é que a biomolécula possa ser utilizada em formulações como pomadas, para ser absorvida pela pele.
Fonte: Radio 2.