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População brasileira está mais velha, mostra pesquisa do IBGE

Segundo o levantamento, em 2021, mais de 56% população total tem 30 anos ou mais

Publicada em 22/07/22 às 18:54h - 80 visualizações

por Kativa FM \\ SBT News


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Nova pesquisa começa 1º de agosto e pode mostrar diferenças. Houve pandemia e idosos foram as maiores vítimas | Unsplash  (Foto: Kativa FM \\ SBT News)

A população do Brasil está mais velha. Entre 2012 e 2021, o número de pessoas abaixo de 30 anos de idade no país caiu 5,4%, enquanto houve aumento em todos os grupos acima dessa faixa etária no período. Com isso, pessoas de 30 anos ou mais passaram a representar 56,1% da população total em 2021. Esse percentual era de 50,1% em 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua ? Características Gerais dos Moradores. Os dados foram divulgados nesta 6ª feira (22.jul) pelo IBGE.

A população total do país foi estimada em 212,7 milhões em 2021, o que representa um aumento de 7,6% ante 2012. Nesse período, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 11,3% para 14,7% da população. Em números absolutos, esse grupo etário passou de 22,3 milhões para 31,2 milhões, crescendo 39,8% no período.  

"Os dados mostram a queda de participação da população abaixo de 30 anos e, também, dessa população em termos absolutos. Essa queda é um reflexo da acentuada diminuição da fecundidade que vem ocorrendo no país nas últimas décadas e que já foi mostrada em outras pesquisas do IBGE", observa o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto.

O número de pessoas abaixo de 30 anos no país passou de 98,7 milhões, em 2012, para 93,3 milhões, no ano passado.

PNAD IDADE
O pesquisador explica que as estimativas de sexo e classes de idade para Brasil, por ser alinhada com as Projeções Populacionais, ainda não incorporam os efeitos da pandemia, como a queda no número de nascimentos e o aumento dos óbitos. "Com os resultados do Censo 2022, esses parâmetros serão atualizados", diz. A coleta do Censo começa no dia 1º de agosto.

A pesquisa também apontou a razão de dependência demográfica da população do país, medida que ajuda a compreender o peso do segmento etário considerado economicamente dependente sobre o grupo potencialmente ativo. A razão de dependência pode ser separada em dois grupos etários considerados dependentes economicamente: o de crianças e adolescentes (de 0 a 14 anos) e o das pessoas de 65 anos ou mais de idade.

Com o envelhecimento da população, os resultados desse indicador vêm mudando nos últimos anos. A razão de dependência de jovens passou de 34,4 crianças e adolescentes por 100 pessoas em idade potencialmente ativas, em 2012, para 29,9, em 2021. Já a razão de dependência dos idosos aumentou de 11,2 para 14,7 no mesmo período.

"É uma mudança na estrutura etária da população brasileira, que reflete a queda no número de jovens e o aumento de idosos. Esse indicador revela a carga econômica desses grupos sobre a população com maior potencial de exercer atividades laborais. Sabemos que há idosos ativos no mercado de trabalho, além de pessoas em idade de trabalhar que estão fora da força. Mas o indicador é importante para sinalizar a potencial necessidade de redirecionamento de políticas públicas, inclusive relativas a previdência social e saúde", avalia Geaquinto.

Em 2021, a região Norte tinha a maior concentração dos grupos de idade mais jovens. Cerca de 30,7% da sua população tinham menos de 18 anos. Em seguida, vem o Nordeste (27,3%). Mas tanto o Norte quanto o Nordeste tiveram maior redução da população com essa faixa etária quando comparados às demais regiões.

Já as pessoas com 60 anos ou mais estão mais concentradas no Sudeste (16,6%) e no Sul (16,2%). Por outro lado, apenas 9,9% dos residentes do Norte são idosos. Na comparação com 2012, a participação da população idosa cresceu em todas as grandes regiões. Entre os estados, aqueles com maior concentração de idosos são Rio de Janeiro (19,1%) e Rio Grande do Sul (18,6%). Já Roraima tem a menor participação desse grupo etário em sua população (7,7%).

Nesses dez anos, o Centro-Oeste teve o maior aumento populacional (13,0%), seguido pelo Norte (12,9%). No entanto, as duas regiões mantiveram as menores participações na população total (7,8% e 8,7%, respectivamente). Já o Sudeste, região mais populosa, aumentou seu contingente em 7,3% e passou a concentrar 42,1% da população em 2021. O Nordeste, por outro lado, teve o menor crescimento populacional no período (5,1%) e concentrava 27,1% da população do país.




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